domingo, 18 de outubro de 2015

Trecho excluído do livro Mensageiras da Ressurreição

                           LIDIA, AS PRIMÍCIAS DA EUROPA
A primeira pessoa a aceitar o evangelho na Euro­pa, pelo ministério de Paulo, foi Lídia. Para o apóstolo, a missão iniciada na Macedônia significou o primeiro pas­so dado em direção à evangelização do continente euro­peu. A conversão de Lídia ocorreu na cidade macedônica de Filipos. Ela era natural de Tiatira, na Lídia. Daí, talvez, a origem de seu nome, de vez que os nomes étnicos eram comuns, poderia ser conhecida como a mulher lídia. Mas, esse era, também, um nome pessoal.
Aconteceu, num sábado, a sua oportunidade de ouvir, pela primeira vez, a mensagem do Evangelho. Por não haver encontrado uma sinagoga para dar início ao seu trabalho, como habitualmente fazia, Paulo e os ou­tros apóstolos procuraram por uma espécie de sinagoga ao ar livre, na Via Egnatia, à beira do rio Gangites (atu­almente, Agista). Ao sair pelas portas da cidade, eles dirigiram-se às margens do rio. Ao assentarem-se ali, muitas mulheres reuniram-se para ouvi-los, dentre elas encontrava-se Lídia. E o livro de Atos (16.14b) relata que O Senhor lhe abriu o coração para que estivesse atenta ao que Paulo dizia.
Lídia pertencera ao judaísmo, era temente a Deus e esperava a vinda do Messias prometido. Por meio da Palavra ministrada por Paulo veio a crer que Jesus Cris­to era o Messias. Naquela mesma ocasião, atendendo ao chamado do Senhor, converteu-se, vindo a ser batizada, juntamente com toda a sua família (Atos 16.15). Em se­guida, ofereceu hospitalidade a Paulo, Silas e Lucas. Mais tarde, quando Paulo e Silas saíram da prisão, foi na casa dela que se refugiaram antes de continuarem a viagem missionária. (v.40).
No momento em que se encontrara com Paulo e os ou­tros discípulos, Lídia estava praticando os costumes de sua antiga religião judaica, orações e abluções perto do rio, mas, naquele sábado, estava marcado o seu encontro com Jesus, por quem ela esperava – Cristo, o Salvador do mundo.
                                         A Profissão de Lídia
Comerciante, Lídia trabalhava como vendedora de púrpura. Segundo definem os dicionários, púrpura era o nome dado à matéria corante vermelho-escura tirante à violeta, muito usada pelos antigos para tingir tecidos. Era assim chamado, também, o antigo tecido purpurino, sím­bolo de riqueza ou de alta dignidade social: manto de púr­pura - vestuário de reis. Pelos indícios, dá para saber que Lídia dedicava-se a um ramo comercial bastante lucrativo e seria muito bem-sucedida em seus negócios. Pessoa de posses, tudo indica que era ela quem sustentava a família, seus parentes, porque não há indicação de que tivesse mari­do; seria viúva ou solteira. Lídia costuma ser descrita como mulher de recursos próprios, dona de sua própria casa e de seu nariz, pessoa que escolhia para si a sua religião, não sim­plesmente seguindo a fé do pai ou do marido.
Paulo recebeu grande ajuda da parte de Lídia para o custeio de suas viagens missionárias. Estudiosos da Pa­lavra dizem não ter dúvida que os
recursos de Lídia eram colocados à disposição de Paulo no prosseguimento das suas jornadas missioná­rias, gesto de desprendimento que muito impressionou o Apóstolo.
Quanto à igreja de Filipos presume-se que, com a partida de Paulo para Tessalônica, tenha ficado sob a res­ponsabilidade de Lídia e de Lucas, e que a liderança fosse compartilhada pelos dois. Assim, acredita-se ter sido ela a primeira pessoa da cidade de Filipos a assumir a lide­rança da Igreja local.  (CONTINUA).


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