LIDIA, AS
PRIMÍCIAS DA EUROPA
A primeira pessoa a
aceitar o evangelho na Europa, pelo ministério de Paulo, foi Lídia. Para o
apóstolo, a missão iniciada na Macedônia significou o primeiro passo dado em
direção à evangelização do continente europeu. A conversão de Lídia ocorreu na
cidade macedônica de Filipos. Ela era natural de Tiatira, na Lídia. Daí,
talvez, a origem de seu nome, de vez que os nomes étnicos eram comuns, poderia
ser conhecida como a mulher lídia. Mas, esse era, também, um nome pessoal.
Aconteceu, num sábado,
a sua oportunidade de ouvir, pela primeira vez, a mensagem do Evangelho. Por
não haver encontrado uma sinagoga para dar início ao seu trabalho, como
habitualmente fazia, Paulo e os outros apóstolos procuraram por uma espécie de
sinagoga ao ar livre, na Via Egnatia, à beira do rio Gangites (atualmente,
Agista). Ao sair pelas portas da cidade, eles dirigiram-se às margens do rio.
Ao assentarem-se ali, muitas mulheres reuniram-se para ouvi-los, dentre elas
encontrava-se Lídia. E o livro de Atos (16.14b) relata que O Senhor lhe abriu o
coração para que estivesse atenta ao que Paulo dizia.
Lídia pertencera ao
judaísmo, era temente a Deus e esperava a vinda do Messias prometido. Por meio
da Palavra ministrada por Paulo veio a crer que Jesus Cristo era o Messias.
Naquela mesma ocasião, atendendo ao chamado do Senhor, converteu-se, vindo a
ser batizada, juntamente com toda a sua família (Atos 16.15). Em seguida,
ofereceu hospitalidade a Paulo, Silas e Lucas. Mais tarde, quando Paulo e Silas
saíram da prisão, foi na casa dela que se refugiaram antes de continuarem a
viagem missionária. (v.40).
No momento em que se
encontrara com Paulo e os outros discípulos, Lídia estava praticando os
costumes de sua antiga religião judaica, orações e abluções perto do rio, mas,
naquele sábado, estava marcado o seu encontro com Jesus, por quem ela esperava
– Cristo, o Salvador do mundo.
A
Profissão de Lídia
Comerciante, Lídia trabalhava
como vendedora de púrpura. Segundo definem os dicionários, púrpura era o nome
dado à matéria corante vermelho-escura tirante à violeta, muito usada pelos
antigos para tingir tecidos. Era assim chamado, também, o antigo tecido
purpurino, símbolo de riqueza ou de alta dignidade social: manto de púrpura -
vestuário de reis. Pelos indícios, dá para saber que Lídia dedicava-se a um
ramo comercial bastante lucrativo e seria muito bem-sucedida em seus negócios.
Pessoa de posses, tudo indica que era ela quem sustentava a família, seus
parentes, porque não há indicação de que tivesse marido; seria viúva ou
solteira. Lídia costuma ser descrita como mulher de recursos próprios, dona de
sua própria casa e de seu nariz, pessoa que escolhia para si a sua religião,
não simplesmente seguindo a fé do pai ou do marido.
Paulo recebeu grande
ajuda da parte de Lídia para o custeio de suas viagens missionárias. Estudiosos
da Palavra dizem não ter dúvida que os
recursos de Lídia eram
colocados à disposição de Paulo no prosseguimento das suas jornadas missionárias,
gesto de desprendimento que muito impressionou o Apóstolo.
Quanto à igreja de
Filipos presume-se que, com a partida de Paulo para Tessalônica, tenha ficado
sob a responsabilidade de Lídia e de Lucas, e que a liderança fosse
compartilhada pelos dois. Assim, acredita-se ter sido ela a primeira pessoa da
cidade de Filipos a assumir a liderança da Igreja local. (CONTINUA).
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