domingo, 30 de setembro de 2012

Trecho extraído da página 15 do livro Mensageiras da Ressurreição



               
                 O LUGAR DA MULHER NA IGREJA PRIMITIVA
 
O exemplo de Jesus e do viver cristão, praticado pelos primeiros apóstolos, não foi suficiente para inspirar os que lhes sucederam em relação à maneira como deveriam considerar as mulheres. O que, de algum modo, acontece até hoje. O ideal cristão da unidade em Cristo, conforme proclamado em Gálatas 3. 26-28, com a quebra de barreiras entre as pessoas, fosse por questões de tradição religiosa, condição social ou sexo, permaneceu ignorado pelos sucessores dos primeiros apóstolos no que diz respeito à igualdade de direitos entre homens e mulheres.
Na igreja primitiva o espaço da mulher era respeitado, seguindo o exemplo dado por Jesus durante o seu ministério terreno. A lembrança do Mestre estava, ainda, muito viva no coração da comunidade. No entanto, posteriormente, a partir de um determinado momento da História, quando a igreja passou a se organizar como instituição religiosa, a atuação da mulher passou a ser novamente interditada, como no passado remoto, anterior a Jesus Cristo. O catolicismo dá essa demonstração, persistente até os dias de hoje. Tem sido impossível furar o bloqueio levantado contra a ordenação ministerial da mulher na Igreja Católica, bem como em algumas denominações evangélicas mais tradicionais.
Convém repetir, não foi assim, evidentemente, na época de Jesus, nem nos tempos da ekklesia – o movimento cristão primitivo. Constatação patente ao observarmos o resultado dos estudos realizados por eruditos cristãos. Trabalho de exegese que leva em consideração as injunções sociais e o contexto histórico em que se desenvolveu o cristianismo, estudo acurado sobre o relato neotestamentário referente à atuação da mulher na igreja primitiva.

 
 

sexta-feira, 28 de setembro de 2012

Comentários sobre o livro Mensageiras da Ressurreição

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      COMENTÁRIOS SOBRE O LIVRO MENSAGEIRAS DA RESSURREIÇÃO

Wander de Lara Proença - teólogo e professor da Faculdade Teológica Sul Americana: "Belíssimo trabalho, destacando-se especialmente pela inovação temática e pesquisa de abordagem. Tenho orientandas de TCC que estão pesquisando temas relacionados à mulher e já indiquei capítulos dessa obra para leitura e pesquisa. Esse trabalho trouxe enriquecimento para abordagens com estes enfoques. Que este livro possa inspirar outras publicações."
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Oswaldo Payon- Publisher and journalist in Brazil with a team of scholars on the new translation of King James Bible from the original manuscripts: "Welcome aboard, Rachel Winter! É sempre uma alegria receber no mundo dos livros cristãos uma nova e promissora escritora evangélica. De fato, como você brilhantemente nos lembra nesse livro: as discípulas mulheres jamais deram trabalho ao mestre Jesus, só ajudaram na obra, sofreram e foram as únicas a permanecer com o mestre na sua morte e - logo ao raiar do domingo - na sua ressurreição. Parabéns às mulheres servas do Senhor. É em boa hora que alguém vem fazer justiça à honra, coragem, serviço e humildade da mulher crente. Parabéns.
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Éber Cocareli comentou: Trata-se de obra fortemente apologética, com uso intenso de ferramentas teológicas (boas), com o objetivo de, entre outros, mostrar como a cultura ocidental evoluiu justamente pela influência do Evangelho. A argumentação da autora é sólida e válida. É o único livro que conheço no meio neopentecostal que trata do ministério feminino com tamanha abrangência e profundidade. Em resumo, é um dos melhores que já li sobre o assunto.
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Pastor Ricardo Santos
Mensageiras da Ressurreição é um livro escrito por uma mulher para todas as mulheres e, também, para os homens entenderem mais a importância delas em suas vidas e nos planos de Deus. Nele, a mulher é desmistificada e colocada na posição certa: aquela que o próprio Senhor Jesus lhe deu. Não por acaso, Ele escolheu mulheres para anunciar aos Seus discípulos que Ele estava vivo!
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Preletora Jurema de Souza Martins:
Gostei muito do seu blog e vou voltar outras vezes. Me identifiquei com a sua proposta de trabalho. Não tenho pretensão de ser pastora ou apóstola, mas como estudante da bíblia, concordo com o pouco que li no seu blog. Na sociedade judaica quem tem conhecimento teológico é homem, mulher não tem acesso a esse conhecimento. Não sou contra a mulheres pastoras, pois uma mulher pode compreender a bíblia tanto quanto um homem. A capacidade intelectual, subordinada a iluminação do Espírito Santo não é maior no sexo feminino ou masculino. Já passei por muito preconceito por ser uma mulher e jovem e ter entendimento das Escrituras. Quero acompanhar o trabalho da irmã e, se puder, me adicione no orkut: Preletora Jurema ou facebook: Jurema de Souza Martins. Quando terminar a minha graduação quero me dedicar a escrever livros na área de literatura cristã. Com certeza, teremos muito o que compartilhar. Estou te seguindo. Em Cristo, http://preletorajurema.blogspot.com em Trecho extraído do capítulo 11 do livro

domingo, 23 de setembro de 2012

Trecho extraído do capítulo Atos das Apóstolas do livro Mensageiras da Ressurreição


           
             TERMOS ESCLARECEDORES SOBRE O MINISTÉRIO DE FEBE

A palavra diácona significa ministra. Sua conotação não seria a mesma de diaconisa ou diácono, conforme se entende hoje, qual seja, de um cargo menor que o de presbítero.
Febe não se destacou por ser uma diaconisa, mas porque foi diácona (ministra) de toda a igreja de Cencréia. E mais: foi recomendada para a Igreja de Roma.
 Há consenso, entre grande número dos estudiosos, em reconhecer que Febe exercia cargo de liderança na igreja de Cencréia. Sua autoridade e seu trabalho serviam-lhe de cartão de visita, visto que Paulo destaca-os ao recomendá-la à Igreja de Roma. O que nos leva a crer, que ela desempenhava um papel equivalente ou semelhante ao que, hoje, chamamos de Pastora.
Além de diakonos, Febe era conhecida, na comunidade cristã, como prostatis. Esse título não tem paralelo no Novo Testamento, pois a única vez em que aparece é no citado texto de Romanos. Prostatis designa presidente ou algo equivalente. Na literatura grega, prostatis sempre significa legisladora, líder ou protetora. Na literatura judaica, a expressão é usada para designar o oficial principal, presidente, governador, protetor ou superintendente. Tudo indica que Febe ocupou cargo de importância no que se refere à liderança, na comunidade de Cencréia como diácona e prostatis (presidente).
Todo o esforço despendido em esclarecer o verdadeiro sentido desses termos deriva da tensão criada entre cristãos feministas e antifeministas. Os últimos mostram-se sempre dispostos a minimizar e amesquinhar o papel desempenhado pela mulher na história da Igreja, com a finalidade de obstruir-lhe o caminho e travar seus passos que a estão conduzindo, hoje, ainda que tardiamente, em direção ao púlpito.
 Febe poderia ser chamada de mulher moderna, por sua independência pessoal e determinação. Difícil imaginá-la vivendo em meio a uma sociedade patriarcal, tendo em vista as inúmeras restrições que a Lei e os costumes impunham à atividade e à vida das mulheres. Mas, se repararmos bem, em muitas outras mulheres da primeira comunidade cristã, também se encontram características semelhantes às suas, como em Lídia e Maria Madalena. Estas qualidades, também, eram encontradas em todas aquelas que pertenceram ao grupo que acompanhava Jesus em Seu ministério itinerante. Conclui-se, facilmente, a esse respeito observando o alto grau de coragem, disposição e independência para se locomoverem constantemente, enfrentando com ânimo os naturais acidentes de percurso naquele modo de vida primitivo. Apesar das dificuldades, elas cumpriam a sua parte na causa do Caminho. Mas, ao lado de Jesus há alguma coisa difícil? O bom ânimo, que não lhes faltou, pode ser facilmente identificado como o poder de Deus que sustenta todos os que O amam e demonstram o seu amor ao seguirem os Seus mandamentos.                 

domingo, 16 de setembro de 2012

Trecho extraído do capítulo 6 (1) do livro Mensageiras da Ressurreição

                                     A QUESTÃO DO TRAJE E DO VÉU
 
Paulo, juntamente com os demais apóstolos, mantinha-se vigilante quanto à boa fama da igreja, que era incansavelmente perseguida pelos judeus e olhada de viés pelos pagãos. Para não dar motivos a escândalos, determinou que as mulheres mantivessem o uso do véu ou xale na cabeça. Não obstante rejeitar os costumes judaicos, conservou essa prática observada, também, nas sinagogas, local onde a as mulheres só podiam permanecer com a cabeça coberta por véu, eram proibidas de falar e ficavam numa outra ala, separadas dos homens.
O apóstolo Paulo porfiava por fazer entender aos cristãos, provindos do judaísmo, que não estavam mais sob o jugo da Lei, motivo pelo qual era necessário que se livrassem dos antigos hábitos e costumes. Contudo, no caso da mulher, o véu ou xale – cobertura de cabeça – subsistiu. Sua finalidade, porém, excedia o manter tradição ou costume a fim de evitar escândalos; havia algo mais importante a ser observado, como se pode ler em 1 Coríntios 11.5: Mas toda a mulher que ora ou profetiza com a cabeça descoberta, desonra a sua própria cabeça, porque é como se estivesse rapada.
Antes de entrar no mérito da questão, observemos a alvissareira notícia de que as mulheres eram livres para orar e profetizar nas assembléias. É muito agradável saber que, nos primórdios da Igreja, era permitido a elas, nos cultos, exortar e edificar a congregação; ações estas reconhecidas como decorrentes do ato de profetizar. Evidência que atesta, também, o exercício da liderança e da autoridade das primeiras cristãs.
Diante do relatado, a questão do véu fica em segundo plano. Todavia, entre os  teólogos há debates intermináveis a respeito do seu real significado. Uns acreditam tratar-se de um gesto de submissão da mulher ao marido, o que configuraria discriminação, hierarquia. Outros, como Pierre Grelot, refutam tal teoria e defendem a tese de que o uso do véu pelas mulheres não era um sinal de inferioridade ou de submissão, mas, um modo de manter dignidade e decência. Questão de costume daquela época.
Jerome Murphy O´Connor, por sua vez, sintetiza a questão de um modo bem interessante, declarando que Paulo estava preocupado em manter a distinção entre os sexos e não com a discriminação.
A exigência de Paulo era de que as mulheres mantivessem os cabelos bem arrumados e que os homens usassem cabelos curtos.
Seguramente, os motivos que levaram o apóstolo a orientar sobre a maneira como as mulheres deveriam usar os cabelos não eram de natureza estética. A motivação era a mesma que o levou a orientá-las, também, a se vestir adequadamente. Ou seja, para manter bem longe da igreja dos santos costumes ou comportamentos próprios dos povos pagãos. Convém salientar que nos cultos a Dionísio, Cibele, Pítia e Sibila o cabelo solto era necessário para a mulher produzir encantamentos mágicos eficazes.
Ainda, a respeito do uso do véu, na passagem de 1 Coríntios 11.10, lemos: Portanto, a mulher deve ter sobre a cabeça sinal de poderio, por causa dos anjos. Texto que tem dado muito trabalho aos exegetas, especialmente em sua segunda parte, ou seja, na referência aos anjos.
Não há uma resposta aceita consensualmente sobre o seu verdadeiro significado. Uns pensam tratar-se de anjos bons, sempre presentes em momentos de culto a Deus. Seria um sinal de respeito a eles? Outros colocam em dúvida essa versão, sem apresentar outra solução aceitável, enquanto o texto permanece envolto em mistério.
Não obstante, uma coisa é certa, na primeira parte da frase, ao falar do uso do véu como sinal de poderio da mulher, o apóstolo vem derrubar a teoria de que o seu uso signifique submissão ao homem. Certamente, diz respeito ao direito de a mulher marcar a presença feminina nos cultos de adoração a Deus, nos quais ela poderia expressar-se à sua maneira, e não à maneira masculina.
Assim denotaria a própria identidade livremente, na presença do Altíssimo.
O cuidado em acentuar a diferença do viver cristão em relação ao viver profano - uma constante no ministério de Paulo - deve ter influenciado grandemente na questão do uso do véu. Basta observar que o costume era bastante difundido não somente entre as mulheres na sinagoga, mas, também, entre as gregas. Nesse sentido, observe-se o que acontecia nos rituais profanos, em cultos extáticos: A possessão pela divindade era simbolizada pela remoção da cobertura da cabeça, provavelmente pelo sacudir ou lançar para trás o cabelo, e pela troca de roupas entre homens e mulheres. Motivos mais que suficientes para o apóstolo determinar que as mulheres cristãs permanecessem com o véu dentro da igreja e, também, para marcar claramente a diferença entre o modo de vestir de homens e mulheres.
 

quarta-feira, 12 de setembro de 2012

Trecho extraído do capítulo 6 (2) do livro Mensageiras da Ressurreição



                                      A MULHER ESTEJA CALADA

 Em meio às controvérsias que o tema da liderança feminina suscita, os cristãos encontram-se divididos em dois grupos bem distintos. Divisão que atinge, igualmente, as classes teológica e pastoral. Contudo, a maior tendência nos dias atuais é pelo reconhecimento do direito da mulher de exercer, tal como o homem, todos os ministérios conforme acontecia nos primórdios do cristianismo.
Stanley J. Grenz, teólogo, classifica os representantes das duas correntes em igualitários e complementaristas.
Os primeiros, favoráveis ao pleno direito da mulher de exercer o ministério eclesial em toda a sua dimensão, assim como era nos tempos apostólicos: as apóstolas militando no trabalho do Senhor ombro a ombro com os apóstolos.
Os segundos delimitam o campo da ação missionária da mulher e o seu espaço na igreja. Costumam vê-la apenas como apoiadora do trabalho do homem, complementando-o. Isso significa dizer, nunca ocupando cargo de liderança – mas, cedem a ela um pouquinho mais de espaço, em relação ao que ocupavam na sinagoga do passado.
No universo complementarista vicejam as doutrinas criadas sobre alguns textos das cartas paulinas, que tentam colocar impedimento ao livre exercício do trabalho da mulher na Igreja. Criar doutrinas, neste caso, significa extrair textos da Bíblia e interpretá-los livremente fora do seu contexto, sem levar em conta as injunções sociais e o momento histórico em que ocorreram. Conclusão tendenciosa que apresenta um resultado bem diverso do verdadeiro sentido bíblico. Tais doutrinas tendem a valorizar ordenanças que foram direcionadas a solucionar problemas momentâneos e específicos da Igreja primitiva como se tivessem valor perpétuo - o que acontece ao descontextualizá-las.
Nosso foco, agora, volta-se para o texto mais usado por eles para manter a mulher marginalizada dentro da Igreja: “As mulheres estejam caladas nas igrejas; porque lhes não é permitido falar; mas estejam sujeitas, como também ordena a Lei. E, se querem aprender alguma coisa, interroguem em casa a seus próprios maridos; porque é indecente que as mulheres falem na igreja.” (1 Coríntios 14. 34-35).
Mas, não há motivo para desespero! Vejamos a opinião de um ilustre igualitário, grande defensor da liberdade feminina, Duncan A. Reily, que foi catedrático de História Eclesiástica na Faculdade de Teologia Metodista.
Suas pesquisas levaram-no a concluir categoricamente que, algumas mulheres, em muito maior número do que geralmente se suspeita, exerceram quase todos, senão todos, os ministérios que seus irmãos em Cristo desempenharam.
Podemos acrescentar que, certamente, não o fizeram silenciosamente, mas, pregando a Palavra com autoridade e ensinando com plena liberdade.
Os que se prendem, literalmente, às palavras de Paulo, mencionadas acima, insistem em não observar as conjunturas sociais que compeliram o apóstolo a pronunciá-las. Não observaram os problemas que a Igreja enfrentava naquele momento. As duas frases (vv.34-35) foram proferidas em um momento em que o apóstolo buscava disciplinar o comportamento da congregação na adoração cultual, ao tratar da necessidade de ordem no culto: Porque Deus não é Deus de confusão, senão de paz, como em todas as igrejas dos santos. (v.33).
As recomendações sobre o silêncio das mulheres na igreja, segundo o modo de ver igualitário, incluem-se entre as de caráter temporário. Destinavam-se, especialmente, a solucionar mais um problema, dentre tantos outros com os quais Paulo teve de se defrontar concernentes à igreja de Corinto. Igreja que causou ao apóstolo incontáveis preocupações, devido às circunstâncias sociais não serem nada favoráveis ao desenvolvimento do cristianismo. Localizada na cidade conhecida por sua proverbial imoralidade, na qual imperavam as práticas pagãs da sociedade grega, Paulo lutava para fazer sobressair a pureza dos costumes cristãos em seu meio. A depravação em Corinto era de tal monta que a expressão “viver à moda de Corinto” significava viver na imoralidade e na degradação moral. A palavra korinthiazomai significava praticar imoralidade e, korinthiastis era sinônimo de meretriz. No topo de uma montanha chamada Acrocorinto, localizada atrás da cidade, encontrava-se o templo de Afrodite, ou Vênus, a deusa do amor.

domingo, 2 de setembro de 2012

Trecho extraído do capítulo 12 do livro Menmsageiras da Ressurreição




                         A SANTIDADE DO SENHOR JESUS
 
Na teologia da Redenção, a santidade de Jesus, na ação redentora, recebe grande destaque, e é tratada com especial atenção. Pode parecer estranha essa observação, mas, existem outras interpretações teológicas, não mencionadas neste trabalho, que não demonstram tal cuidado. Não refletem sobre a imortalidade do Redentor, necessariamente, inerente ao conceito de Santidade que Lhe é próprio. Desde o anúncio de Seu nascimento, como vimos no citado texto de Lucas 1.35, Jesus Cristo é chamado de Santo. O que isso significa? Quer dizer que Ele é separado, intocável, incorruptível, inatacável pelo pecado. Ao derrotar Satanás, pelo poder de seu sangue derramado na cruz do Calvário, e descer ao Hades, o Seu Espírito não viu a corrupção, por ser imperecível e eterno. No momento que precedeu a sua morte na cruz, Ele entregou o Seu espírito aos cuidados do Pai (Lucas 23. 46b). Nesse embate pela salvação da humanidade não poderia ter sofrido qualquer abalo porque Ele é um só com o Pai (João 10. 30) e, como o Pai, é Eterno.

Ao citar o texto de João 1.29, onde se lê que Ele é o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo, observe-se que é pela sua santidade que Cristo redime a humanidade. Acrescenta, ainda que, ao fim de seu ministério, Jesus se torna, em pessoa, a Boa Nova do Reino, pois, Nele temos a redenção e a remissão dos pecados, conforme a Palavra nos instrui. Outrossim, alerta que em tudo isso, ou seja, na morte de Jesus, no Calvário, não entra a questão de um preço pago para satisfazer a justiça ofendida, nem de morte vicária, tal como diz acontecer em seu contexto outro tipo de teologia, à qual o teólogo classifica como Jurídica. Assim como a morte foi absorvida na vitória (1 Co 15.54), também foi absorvido o pecado na santidade que, em Cristo, fez sua irrupção neste mundo.
Quanto à imagem de Deus, em relação ao episódio da morte de Jesus, não a concebe como um juiz irado, que quer ver o Filho pagar pelos pecados humanos. Porém, como um Pai cuja preocupação é a salvação dos homens. A palavra comunhão é muito mais empregada do que o termo ruptura. Na teologia, chamada Jurídica, ao contrário, fala-se mais de ruptura entre o Pai e o Filho, do que em comunhão, como se verá a seguir.

domingo, 26 de agosto de 2012

Trecho extraído do capítulo 15 do livro Mensageiras da Ressurreição



 
                                            O ÓVULO DA MULHER

Até o ano de 1827, a Medicina não tinha conhecimento da existência do óvulo da mulher. Desconhecimento que foi responsável pela criação de mirabolantes teorias sobre o corpo feminino, por parte de filósofos, médicos, cientistas, literatos, enfim pela nata da intelectualidade de todos os tempos. Idéias, como a de Aristóteles, filósofo grego, segundo a qual a mulher não contribuía no processo de reprodução com material produtivo para a formação do feto. Para ele, só o homem era a parte criativa e doadora de vida; ela era meramente uma nutridora biologicamente passiva. Aristóteles declarava o sexo feminino inferior, por natureza. Sua definição de mulher era a de homem incompleto, defeituoso. Considerava a mulher inferior tanto do ponto de vista físico como no caráter: "Devemos considerar o caráter da mulher como algo que sofre de certa deficiência natural."
Suas idéias influenciaram grandemente a Idade Média. Com relação à fictícia imperfeição do corpo feminino, as idéias aristotélicas influenciaram até mesmo os Reformadores. Haja vista, concordarem em ver a mulher apenas como uma nutridora biologicamente passiva.
Contudo, em fins do ano de 1600, portanto, antes da descoberta do óvulo feminino, o tema sobre a natureza física da mulher passou a ser alvo de acirradas discussões nos meios médicos da Renascença. Finalmente, as inteligências dos doutores desembotaram-se e eles chegaram à conclusão, de modo consensual, que a anatomia feminina era perfeitamente normal e distinta da anatomia masculina. 
Resolvida a questão, concordaram os luminares da inteligência científica que, na anatomia feminina, não havia carência alguma, e que a mulher não seria, então, como afirmava, também, Tomás de Aquino, "um homem incompleto, um ser ocasional;" idéia bem semelhante a de Aristóteles sobre o assunto.
Dentre os leigos, todavia, subsistiam dúvidas.  

segunda-feira, 20 de agosto de 2012

Trecho extraído do capítulo 8 do livro Mensageiras da Ressurreição

                         MÁRTIRES CRISTÃS


O relato da perseguição aos cristãos, após a ascensão de Cristo, e durante os primeiros séculos, possui um lado que ainda carece ser melhor conhecido e avaliado. Referimo-nos ao lado feminino dessa História. O silêncio, como um manto de ferro, sob o qual se oculta esse episódio ainda não foi removido totalmente para que se possa observar toda a dimensão de seu heroísmo. Porque tal como o homem, a mulher suportou perseguição, tortura e chegou a morrer por não renegar a fé em Cristo, naqueles tempos difíceis para a Igreja. Além de ajudar os irmãos perseguidos, as mulheres foram igualmente encarceradas, padecendo nas prisões como a própria Bíblia relata. Não pode ser esquecido que muitas delas não temeram acompanhar os passos de Jesus até o Calvário e durante a crucificação. Além do mais, no domingo de Páscoa, de madrugada, já estavam postadas diante do túmulo de Jesus.
Será que não temiam ser apontadas como pertencentes ao grupo dos seus seguidores?
Posteriormente, por ocasião da morte de Estevão, o primeiro mártir cristão, iniciou-se a dispersão dos cristãos sob a perseguição dos judeus, que os levou a fugir para outras cidades. Pelo exemplo de Saulo, pode-se observar que a perseguição não se restringia apenas aos homens, mas, atingia igualmente homens e mulheres. Saulo assolava a Igreja, entrando pelas casas: e, arrastando homens e mulheres, os encerrava na prisão. (Atos 8.3)


Referindo-se ao texto, bem como a Atos 9.1-2 e 22.4, onde se encontra menção clara sobre a violência que atingiu também as mulheres, o pesquisador Witherington III, observa: As mulheres da igreja de Jerusalém desempenharam um papel tão vital que sofreram perseguição juntamente com os homens.

É interessante, também, observar, integralmente o texto de Atos (9. 1,2): E Saulo, respirando ainda ameaças e mortes contra os discípulos do Senhor, dirigiu-se ao sumo sacerdote e pediu-lhe cartas para Damasco, para as sinagogas, a fim de que, se encontrasse alguns daquela seita, quer homens quer mulheres, os conduzisse presos a Jerusalém.
Seguindo-se à perseguição movida pelos judeus, nos séculos seguintes e até quando o governo de Constantino descriminalizou o cristianismo, o governo de  Roma, também, resolveu estender seus tentáculos em direção aos cristãos em cruenta e tenaz perseguição.


domingo, 5 de agosto de 2012

Trecho extraído da Introdução do livro Mensageiras da Ressurreição

                                   
                              O QUE PRETENDO COM ESTE LIVRO 



Em primeiro lugar, agradecer ao Criador, por ter-me feito nascer mulher; pois, foi a uma mulher que o Senhor ressuscitado manifestou-se, encarregando-a, na companhia das outras que a acompanhavam, de levar a notícia de Sua ressurreição aos demais apóstolos. Por pertencer ao gênero feminino, exaltado de maneira inaudita por Deus, digo em oração: Bendize, ó minha alma ao Senhor, e tudo o que há em mim bendiga o seu santo nome! (Salmos 103.1). Registro este tributo a Deus pela minha vida e a vida de todas as mulheres, também, como contraponto àquela oração dos judeus na qual eles declaram: "Bendito seja Deus, nosso Senhor e o Senhor de todos os mundos por não me ter feito nascer mulher."
Segundo os ensinamentos rabínicos, as mulheres não podiam ter acesso direto ao estudo e conhecimento da Lei. Somente aos homens era permitido estudar a Torá. Hoje, os judeus colocam essa questão (do acesso à palavra de Deus, somente aos homens) como desculpa para amenizar o caráter discriminatório da referida oração. Mas, não convencem. Porque a oração deles não termina aí, mas, acrescentam agradecimentos ao Senhor por não tê-los feito nascer cachorro e nem samaritano. Mulher e samaritano (povo natural de Samaria, inimigo dos judeus) nivelados aos animais! Era assim que eles os viam e tratavam. Com certa vantagem para os cachorros, pois, conta-se que, "em um período da história religiosa, os rabinos diziam dar preferência a ensinar um cachorro do que a uma mulher, e que preferiam queimar a Torá a ensiná-la a uma mulher."
Agradeço a Deus, também, por ter-me permitido por intermédio de Jesus, nosso Mestre, o acesso direto ao conhecimento e estudo da Sua Palavra.
O propósito maior deste livro, porém, consiste em celebrar o amor de Cristo, nosso Libertador, em reconhecimento por ter-nos escolhido como Mensageiras da Ressurreição. Toda honra e toda glória a Ele sejam dadas! Em razão de o maior acontecimento da história do cristianismo, a ressurreição de Cristo, ter sido presenciado primeiramente por uma mulher - Maria Madalena - e pelo grupo de mulheres que a acompanhava, a alegria torna-se incontida. A maior glória que um ser humano poderia almejar, qual seja, a primazia de ver o Senhor ressurreto, foi dada às mulheres.

terça-feira, 24 de julho de 2012


        Sinopse do livro Mensageiras da Ressurreição

O comissionamento de Jesus Cristo dado às mulheres no Domingo de Páscoa, registrado no Novo Testamento, parece não ter recebido da Igreja, no decorrer dos séculos, a merecida atenção. E o livro Mensageiras da Ressurreição se propõe a resgatar esse fato extraordinário, o qual mostra Jesus Cristo colocando as mulheres num patamar antes nunca alcançado, ao apresentá-las no ápice de sua autonomia espiritual, capacitadas por Ele para proclamar a mensagem da cruz ao nomeá-las como as primeiras embaixatrizes da Ressurreição.
Hoje, estão as Igrejas perfeitamente cônscias dessa realidade? Afinal já se passaram mais de dois mil anos...
Tais questões são debatidas focalizando, também, interpretações falaciosas de certas palavras de Paulo que têm servido de óbice ao reconhecimento do espaço da mulher dentro da missão evangelística. É colocada em destaque, também, a relevante atuação das mulheres da igreja primitiva, pouco lembradas e mal e mal reconhecidas como primeiras discípulas de Jesus, no capítulo do livro denominado “Atos das Apóstolas”.
É estabelecida, também, uma comparação entre a situação das mulheres dos países não alcançados pelo Evangelho que, em contraste com a situação das mulheres dos países cristãos, continuam reféns do jugo representado pela crueldade das leis humanas até os dias de hoje. É civilização versus barbárie.
Uma incursão pela história da mulher no mundo, deixa ver o quanto ela tem sido vítima de discriminações abomináveis por conta do preconceito chamado de “sexismo”.
Ao final de alguns capítulos do livro, encontram-se reunidas frases de autoria de filósofos, intelectuais, religiosos, cientistas e médicos famosos numa mostra da idéia que faziam da mulher no passado, englobadas sob o título de “Memorial da Discriminação”.  Inacreditáveis, estapafúrdios, cruéis e até mesmo hilariantes são apenas alguns dos adjetivos para (des)classificar tais pensamentos emitidos pela nata da intelectualidade através dos tempos.
No lodaçal de idéias falsas e preconceitos em que se viu envolvida a figura da mulher, é como se o gênero feminino tivesse ficado fora da Nova Aliança. Como se Jesus Cristo tivesse vindo para salvar apenas a metade masculina da humanidade. Aliás, no ambiente mundano, chegou-se a cogitar que a mulher não teria uma alma imortal, colocando-se em dúvida até mesmo se seria humana.
O livro constitui-se num verdadeiro clamor para que a mulher venha assumir o seu papel no contexto espiritual, como instrumento nas mãos do Senhor, para realizar a missão que atualmente lhe compete dentro da igreja, da família e da sociedade, a fim de impedir a desestruturação familiar e social que, hoje, se processa de modo acelerado - porque a maioria das mulheres não tem consciência da missão que lhe foi proposta por Cristo.
São focalizadas, também, de maneira didática as principais doutrinas a respeito da Ressurreição de Cristo, ou seja, as diversas maneiras de entender esse fato extraordinário por parte dos cristãos; e destacada a sua importância como fundamento da nossa fé, tal como enfatiza o apóstolo Paulo em 1 Coríntios capítulo 15.
Fones: (11) 3672-1468 

domingo, 15 de julho de 2012

Trecho extraído do capítulo 5 do livro Mensageiras da Ressurreição

                Gênesis 2 apoia a subordinação da mulher?


Observemos alguns pontos de vista daqueles que encontram – de maneira arrevesada – argumentos no livro de Gênesis para apoiar suas teses de caráter discriminatório contra as mulheres.
Primeiro, conforme a visão dos complementaristas (antifeministas) o homem tem direito de exercer liderança, seja na igreja seja na sociedade, por analogia com o que acontece na ordem da Criação. Eles priorizam a ordem temporal da criação: primeiro o homem, depois a mulher, conforme relatado no livro de Gênesis (2 e 3). Veem nesse fato motivo para determinar a submissão da mulher ao homem.
O argumento é detonado pela teóloga Mary Evans ao observar que os animais foram criados antes do homem e, também, da mulher (Gênesis 1). Por conseguinte, a prioridade temporal na criação não implica em superioridade, nem de ser, tampouco de função. "Nem dá a entender que os animais são superiores ao homem."
Segundo, observemos ter sido o homem e a mulher criados à imagem de Deus, (Gênesis 1.27). Os antifeministas não negam, nem poderiam negá-lo, uma vez que a Bíblia declara com todas as letras haver Deus criado o homem e a mulher à Sua imagem: Macho e fêmea os criou.
Na versão dos que podemos chamar de misóginos - ou simplesmente machistas - está presente, de maneira clara ou subentendido, o conceito de que a mulher reflete a imagem divina de maneira inferior ou diferente do homem. Nessa perspectiva, aproximam-se de Calvino que reconhece, sim, ter sido a mulher criada à imagem de Deus, "embora em segundo grau". Conceito rebatido, também, por Mary Evans, ao concluir que não há nada em Gênesis 2, que nos leve a presumir que a mulher tem a imagem de Deus de um modo diferente ou inferior do homem. Os dois capítulos indicam que o homem como um todo consiste de duas partes: o homem e a mulher.
Verdadeiramente, nessas considerações, ressalta-se que a subordinação da mulher não encontra apoio em nenhum dos textos da criação do Gênesis, quando submetidos ao crivo da exegese, fruto de profundo estudo que os delimita ao seu verdadeiro contexto.

sábado, 30 de junho de 2012

Trecho extraído do capítulo 8 (3) do livro Mensageiras da Ressurrerição


    JÚNIA NA PRISÃO COM ANDRÔNICO E PAULO

                                                                                                                  

O texto de Romanos 16, continua fornecendo preciosos detalhes sobre a trajetória feminina na primeira Igreja cristã. No versículo 7, Paulo refere-se a um casal, Andrônico e Júnia que, segundo alguns teólogos, possivelmente, teriam integrado o grupo dos Setenta e Dois discípulos de Jesus. Ao falar sobre eles, declara: Os quais se distinguiram entre os apóstolos e que me precederam na fé em Cristo (v.7b). Anteriores, portanto, à época da ekklesia, conviveram com Jesus e, depois, foram contados na comunidade dos apóstolos entre os quais se notabilizaram.
Eram parentes de Paulo, e sofreram com ele as agruras do cárcere, como ele mesmo informa. Júnia ficou conhecida como a apóstola notável juntamente com Andrônico. A Bíblia não dá maiores detalhes sobre a vida dos dois, mas, tudo leva a crer que eram marido e mulher, tal como Priscila e Áquila.
O fato de Paulo chamar uma mulher de apóstola e, ainda mais de notável, eriçou os brios varonis de alguns eruditos machistas. Dentre os contemporâneos principalmente, mas alguns do passado também empacaram diante desse fato. Não conseguindo aceitá-lo, resolveram pôr em dúvida o gênero do nome Júnia. Alguns quiseram provar que Júnia era nome de homem, como tentou fazê-lo um escritor que viveu entre os séculos treze e catorze, conhecido como Egídio de Roma. Foi em sua narrativa que pesquisadores atuais foram desencravar essa história mal contada. Porém, nem aquele nem estes são levados muito a sério, tampouco apresentaram argumentos convincentes para sustentar essa versão do caso.
A questão, exumada por alguns antifeministas "modernos" e inconformados, já perdeu a sua efervescência e os pesquisadores, em sua maioria, tendem a concordar que Júnia é mesmo nome feminino. Destacam, também, que Júnia e seu marido Andrônico, foram pessoas dignas das palavras com que Paulo os classifica, isto é, de notáveis entre os apóstolos.
Stanley Grenz, observa: Em contraste ao tempestuoso debate contemporâneo, o gênero de Júnia não era um problema na era patrística (dos pais da igreja). E, acrescenta: Alguns eruditos contemporâneos afirmam que, antes do século treze, quase todos os comentaristas deste texto consideravam Júnia mulher.
 No âmago da questão, reconheçamos, encontra-se a vontade de provar que não houve mulher alguma que tivesse sido discípula de Cristo e de negar que alguma delas pudesse ter-se notabilizado como tal. Nas entrelinhas dessa controvérsia caduca, arde o desejo daqueles que querem tirar da mulher o lugar que lhe pertence por direito na História do cristianismo . A intenção, porém, é clara, trata-se de impedi-la de ocupar o seu espaço como mensageira das Boas- Novas, nos dias de hoje.

segunda-feira, 25 de junho de 2012

Trecho extraído do capítulo 10 do livro Mensageiras da Ressurreição

         

                                 LÍDIA, AS PRIMÍCIAS DA EUROPA

A primeira pessoa a aceitar o evangelho na Europa, pelo ministério de Paulo, foi Lídia. Para o apóstolo, a missão iniciada na Macedônia significou o primeiro passo dado em direção à evangelização do continente europeu. A conversão de Lídia ocorreu na cidade macedônica de Filipos. Ela era natural de Tiatira, na Lídia. Daí, talvez, a origem de seu nome, de vez que os nomes étnicos eram comuns, poderia ser conhecida como a mulher lídia. Mas, esse era, também, um nome pessoal.
Aconteceu, num sábado, a sua oportunidade de ouvir, pela primeira vez, a mensagem do Evangelho. Por não haver encontrado uma sinagoga para dar início ao seu trabalho, como habitualmente fazia, Paulo e os outros apóstolos procuraram por uma espécie de sinagoga ao ar livre, na Via Egnatia, à beira do rio Gangites (atualmente, Agista).
Ao sair pelas portas da cidade, eles dirigiram-se às margens do rio. Ao assentarem-se ali, muitas mulheres reuniram-se para ouvi-los, dentre elas encontrava-se Lídia. E o livro de Atos (16.14b) relata que O Senhor lhe abriu o coração para que estivesse atenta ao que Paulo dizia.
Lídia pertencera ao judaísmo, era temente a Deus e esperava a vinda do Messias prometido. Por meio da Palavra ministrada por Paulo veio a crer que Jesus Cristo era o Messias.
Naquela mesma ocasião, atendendo ao chamado do Senhor, converteu-se, vindo a ser batizada, juntamente com toda a sua família (Atos 16.15). Em seguida, ofereceu hospitalidade a Paulo, Silas e Lucas. Mais tarde, quando Paulo e Silas saíram da prisão, foi na casa dela que se refugiaram antes de continuarem a viagem missionária. (v.40).
No momento em que se encontrara com Paulo e os outros discípulos, Lídia estava praticando os costumes de sua antiga religião judaica, orações e abluções perto do rio, mas, naquele sábado, estava marcado o seu encontro com Jesus, por quem ela esperava – Cristo, o Salvador do mundo.

domingo, 17 de junho de 2012

Sumário do livro Mensageiras da Ressurreição

Sumário

Introdução.......................................................................... 11

1. O início da caminhada.................................................. 23

2. A revolução do amor..................................................... 31

3. Fé e liberdade................................................................. 39

4. Feminismo sem rancor................................................. 53

5.Gênesis apoia a subordinação da mulher?.................. 61

6. Doutrinas criadas sobre palavras de Paulo

1. A questão do traje e do véu ............................................. 67

2. A mulher esteja calada ..................................................... 75

3. A proibição de ensinar ..................................................... 85

4. A questão da autoridade do marido................................ 91

5. O homem, a cabeça da mulher........................................ 101

7. Discipulado Feminino................................................ 107

8. Atos das apóstolas

1. A mensageira da Carta aos Romanos............................ 115

2. A mulher que arriscou a vida por Paulo....................... 123

3. Júnia na prisão com Andrônico e Paulo........................ 129

4. Missionárias independentes............................................ 133

5. Cooperadoras cujos nomes estão no Livro da Vida........ 135

6. A discípula que ressuscitou............................................. 137

7. Patronas e as igrejas domésticas..................................... 141

8. Mártires cristãs................................................................. 145

9. As mulheres que profetizavam....................................... 151

10. Lídia, as primícias da Europa....................................... 155

11. Marta e Maria................................................................. 159

12. Maria Madalena, apóstola dos apóstolos..................... 163

9. Maria, a mãe de Jesus.................................................. 175

10. Profetisas do Antigo Testamento............................. 187

11. A Ressurreição........................................................... 193

1. O significado da Ressurreição....................................... 193

12. Teologias da Redenção – um convite à reflexão

1. Teologia do Mistério Pascal......................................... 199

2. Teologia Jurídica............................................................ 204

3. Teologia Substitutiva..................................................... 205

13. O silêncio sobre a história da mulher...................... 217

14. Sexismo que culminou em genocídio..................... 223

15. O óvulo da mulher..................................................... 229

16. Séculos de retrocesso................................................ 235

17. Eu vos saúdo!............................................................. 243

18. As mulheres e o cargo de Pastora............................. 249

19. Conclusão................................................................... 255

Bibliografia....................................................................... 259




quinta-feira, 7 de junho de 2012

Trecho extraído do capítulo 12 do livro Mensageiras da Ressurreição




                                     AS TRÊS MULHERES


Atribui-se a idéia de pecadora, que se apegou ao nome de Maria Madalena, à confusão que popularmente se faz a respeito de três mulheres, citadas no Novo Testamento. Primeiramente, por confundi-la com a pecadora (anônima), mencionada no livro de Lucas (7.36-50); por analogia à protagonista do episódio, tida pelo povo como a própria Madalena, foi fácil acrescentar ao seu nome o apelido "Arrependida". Prova cabal de que, na mentalidade popular, seu nome tornou-se, sem qualquer base bíblica, sinônimo de pecadora – arrependida.
O texto bíblico faz menção de uma mulher realmente tachada de pecadora, que ungiu os pés de Jesus na casa do fariseu chamado Simão.

Esse homem escandalizou-se com a cena, pensando que Jesus não a tivesse reconhecido como tal e, por isso, até duvidando que Jesus fosse mesmo um profeta. Mas, o Salvador, que é mais que um profeta, tinha conhecimento disso e, também, do que o fariseu estava pensando.
Os versículos 37 e 38, descrevem-na literalmente como pecadora: E eis que uma mulher da cidade, uma pecadora, sabendo que Ele estava à mesa em casa do fariseu, levou um vaso de alabastro com unguento; e estando por detrás, aos seus pés, chorando, começou a regar-lhe os pés com lágrimas, e enxugava-lhos com os cabelos da sua cabeça; e beijava-lhes os pés, e ungia-lhos com o unguento.
Apesar de ter recebido o cognome de pecadora, a mulher cujo nome não é mencionado no Evangelho, seria realmente uma meretriz? Será que as palavras pecadora, meretriz ou prostituta, no caso, poderiam ser tomadas como sinônimos? Sobre o assunto, a escritora Lilia Sebastiani pondera de modo oportuno que, se um homem tivesse se aproximado de Jesus, naquele dia, na casa do fariseu, para pedir-lhe o perdão dos seus pecados – um pecador portanto – ninguém seria levado a pensar exclusivamente em faltas de natureza sexual.

 Seria, realmente, inconcebível. Quem ousaria imaginá-lo envolvido com prostituição?
Na esteira desse raciocínio, a pesquisadora analisando os elementos que compõem a cena e observa:
É muito mais antiga do que o cristianismo a associação mental espontânea mulher-sexo-pecado. Ali se encontravam dois elementos, mulher e pecado, em um clima de acentuada e perturbadora feminilidade. É totalmente instintivo para uma cultura patriarcal identificar a mulher com o sexo e, portanto, a pecadora se torna logo uma prostituta, a mulher "ocasião de pecado" por excelência.

Não obstante, ao confundir Madalena com aquela pecadora, e deduzir ser ela (Madalena - ou ambas) meretriz, pode ocorrer de um mito estar alicerçado sobre outro mito. A malícia humana, como a história de Madalena nos mostra, optou pelo pior. Assim como a escolha de Barrabás (Mateus 27.11-31), o qual se livrou da morte, em lugar de Jesus, por escolha do povo, é apenas mais um dentre tantos exemplos bíblicos e históricos da opção humana pelo mal. De igual modo, quanto àquela "pecadora", não há provas de que o seu pecado fosse o da prostituição; nem que Maria de Mágdala fosse meretriz.


A outra, das três mulheres era Maria de Betânia -  irmã de Marta e de Lázaro, ressuscitado por Jesus. Ela é identificada como a outra mulher que, também, ungiu, os pés de Jesus. Todavia, seu gesto teve finalidade diferente, que não a do perdão dos próprios pecados, esclarecida no evangelho de João (12. 1-11). Reconhecida como Maria de Betânia, no texto joanino, nos outros evangelhos seu nome não é mencionado, mas, apenas narrado o acontecimento do qual participou. Ocasião que serviu para demonstrar que ela tinha presciência da morte próxima de Jesus. Inferência obtida pela resposta dada por Jesus, quando Judas Iscariotes na ocasião, reclamou que se poderia vender o unguento, que era de altíssimo preço,

para dar o dinheiro aos pobres. Disse, pois, Jesus: Deixai-a, para o dia da minha sepultura guardou isto (v.7). Surpreendente a atitude dessa discípula, aprestando-se a ungir Jesus, por pressentir a proximidade de Sua morte, era um assunto a respeito do qual os outros discípulos pareciam não ter uma noção clara.

A outra das três mulheres, a verdadeira mensageira de ressurreição – Maria Madalena - foi quem, na mente popular, e até mesmo em alguns ambientes eclesiais, teve seu nome fundido com o das outras duas. Ela que, na realidade, veio a ser chamada apóstola dos apóstolos. Uma parte da responsabilidade pela fusão dos três nomes em uma só pessoa cabe, também, ao fato de que, durante séculos, o povo não teve acesso direto à leitura da Bíblia. Até as primeiras quatro ou cinco décadas do século vinte, no Brasil, eram muito raras as edições das Escrituras em português, e o seu preço, muito alto. No resto do mundo não era muito diferente, à exceção dos Estados Unidos e de alguns países cristãos da Europa, posto que a imprensa não havia alcançado o alto grau de desenvolvimento que hoje possui e que fez com que o preço dos livros se tornasse mais acessível à população em geral. O analfabetismo era outro obstáculo para o conhecimento da Palavra. Outrossim, não se pode esquecer que, na Igreja Católica, a leitura direta da Bíblia era vetada ao povo, o qual, segundo os religiosos, seria incapaz de entendê-la.

terça-feira, 29 de maio de 2012

Trecho extraído do capítulo 4 do livro Mensageiras da Ressurreição


AMEAÇA DO FEMINISMO EXTREMISTA

O que se vê são mulheres movidas por um clamor

ancestral - (tomando as dores, passadas, de suas mães e

avós) que exige vingança contra o homem - saírem de

modo desenfreado em busca de uma liberdade que se

configura mais a uma represália. Nessa corrida, passam

a cometer os mesmos erros que os homens cometeram

no passado contra a família; equívocos que podem ser

sintetizados como irresponsabilidade, leviandade (ou libertinagem),

omissão, escárnio, desprezo e abandono.

Por essa via, qualquer movimento do feminismo

extremista, que se apóie apenas na iniciativa humana,

desvinculado da palavra de Deus caracteriza-se por ser

faccioso. Fatalmente, incita à violência, à separação e à

desunião entre os sexos – constituindo-se numa ameaça

à liberdade conquistada. Na “selva de pedra”, a serpente

aparece mimetizada em forma de uma insana liberdade

ilimitada que leva à cegueira moral. Desde o momento em

que as mulheres deixam de enxergar que a nossa liberdade

termina onde começa a do próximo, a queda é iminente.

Apesar de todo o apoio que associações das mais

diversas espécies conferem às mulheres, a fim de ajudálas

na defesa de seus direitos, e das prerrogativas que a lei

civil e os costumes lhes concedem, a maioria delas encontra-

se absurdamente desorientada e até mesmo indefesa.

Assemelham-se ao pássaro que, ao deixar a gaiola, aturdido,

cai na mão de predadores. Hesitantes entre o bem

e o mal, a maioria não consegue discernir exatamente os

limites morais. Isso fica patente ao observar o caos social

que se avizinha, indicando nitidamente que não existe

uma noção do que significa ser livre, e de que tomar as

rédeas da própria vida significa arcar com as consequências

dos próprios atos, caso contrário, mergulha-se num

universo caótico.

Não é possível atropelar os ditames da consciência

ética e moral, esquecendo os mandamentos cristãos

de amor a Deus, acima de tudo, e ao próximo como a si

mesmo. Amor que se expressa através da consideração

para com todas as pessoas e cuidados para com os da

própria família – até mesmo para com o marido...

Livre-nos Deus dos movimentos gerados por idéias

extremistas, sejam provenientes do Oriente, como as de característica

patriarcal que escravizam as mulheres, sejam as

do feminismo exacerbado e mal-interpretado causador da

desestruturação social. Aliás, já disseram alhures: A virtude

está no meio quando os extremos são perniciosos.

No caso do feminismo extremista, a mulher saiu

de sob o domínio de um sistema despótico em direção a

uma terra sem lei. Isso não estava no programa. As normas

de caráter humanitário, obviamente, não foram abolidas.

Invalidadas foram apenas as leis de cunho patriarcal

contrárias às mulheres. O respeito à vida não foi anulado,

a não ser pelos ímpios. Há casos de mães matando filhos

recém-nascidos como quem mata baratas. Simplesmente,

jogam os bebês no lixo, em vaso sanitário de avião e em

shoppings, demonstração de perversidade inominável e

desorientação não apenas nas classes menos favorecidas.

São verdadeiras manchas no cenário de respeito e proteção

à infância em que se insere o país e o mundo ocidental,

e motivo de tristeza para a comunidade cristã.

Observa-se, mesmo entre as mulheres que possuem

bom nível cultural e intelectual que, no plano espiritual,

elas não sabem discernir entre a sua mão direita e a sua

mão esquerda, tal qual os ninivitas do tempo de Jonas.

(Jonas 4.11). Por conseguinte, são incapazes de entender

o que significa amar o semelhante como a si mesmas,

visto que só entendem a linguagem dos sentidos. Elas

movem-se no universo sexual e da competição, tanto

no trabalho como na vida pessoal, a qual se desenvolve

à semelhança de uma maratona. O que importa é ir em

frente, na busca desenfreada de prazeres e de um sucesso

duvidoso, atropelando todos os que estão no caminho –

quer sejam pais, filhos, marido, irmãs ou amigas.

Imagino Jesus, diante desse espetáculo, sentindo

grande compaixão da multidão desnorteada, como no

passado, porque andavam desgarrados e errantes, como

ovelhas que não têm pastor. (Mateus 9.36). A liberdade,

para grande número de mulheres adeptas do feminismo

exacerbado, mais se parece a um objeto perigoso em

mãos inábeis, como um carro nas mãos de um cego.

Refiro-me, especialmente, à liberdade usada para

prática do sexo promíscuo, tão comum nos dias de hoje,

com a conseqüente perda de valores familiares, sem os

quais a sociedade perece. São casamentos abertos, onde

cada um dos cônjuges pode ter aventuras extraconjugais

sem maiores responsabilidades. Adolescentes que “ficam”

com namorados sem compromisso algum, mantendo

relacionamentos sexuais inconsequentes. Com

isso, o número de mães solteiras cresce - muitas grávidas

nem sequer sabem quem é o pai do filho que esperam - e

o número de crianças abandonadas aumenta a cada dia;

assim como o de doenças sexualmente transmissíveis.

Há também casos de mães que não fazem jus ao

nome – símbolo de amor e ternura – e costumam submeter

os filhos a torturas psicológicas e físicas de maneira

sistemática a ponto de lhes desestruturar a personalidade

em formação. Realidade inacreditável, diante da qual

queremos acordar pensando tratar-se de um pesadelo.

Donas de casa, dominadas pelas hostes espirituais

da maldade (Efésios 6.12) como fantoches, teleguiadas

por essa casta de demônios, são levadas a proceder como

verdadeiras carcereiras dentro do lar. Quando se casam,

em vez de promessas de amor, prometem a si mesmas

agir de maneira cruel para com o cônjuge. Ameaçadoras,

exclamam: “Para mim tudo, para ele nada!” Conceito

muito em voga entre as jovens do mundo de hoje. Palavras

que são fruto de um feminismo rancoroso e quixotesco,

uma vez que gozam, atualmente, de plena liberdade de

ir e vir e de decidir sobre seus próprios atos e

destinos. Atitudes que refletem o mau uso da liberdade e

uma demonstração de irracionalidade.

O sociólogo alemão, Alexander Schüller, ao observar

os índices alarmantes de violência contabilizados na

sociedade, exclama: “Há, em toda parte, uma maldade

inexplicável.” A observação do sociólogo vem simplesmente

enfatizar o que salta aos olhos de todos, diariamente,

por meio dos noticiários da mídia e pela experiência

pessoal de cada um de nós. Contudo, essa maldade

a que se refere Schüller, presente em todos os setores

da sociedade – é bom que se destaque – tem mulheres

e, também, homens como seus agentes disseminadores.

Assim como existem feministas exacerbadas, há machistas

tão irracionais quanto elas.

Outra observação importante, uma verdadeira

questão de justiça nos lembra que, se há uma parcela da

população feminina fazendo mau uso da liberdade, devido

ao seu novo status social, existe a grande maioria

das mulheres que está obtendo grandes vitórias ao participar

ativamente da vida social e política das nações.

Essa legião de mulheres vitoriosas está conseguindo

desempenhar-se galhardamente de seus compromissos

profissionais, ao mesmo tempo em que se desvela na administração

do lar e na criação dos filhos.

Quanto à missão da mulher cristã, na sociedade,

reconhecemos que lhe compete desempenhar relevante

papel na cura da enfermidade social ao fazer uso da liberdade

adquirida em Cristo. Certamente, para essa finalidade

foi que Jesus a libertou da situação de subserviência

em que vivia no contexto social e, obviamente, não para colaborar

com o caos social.


domingo, 20 de maio de 2012

Trecho extraído do capítulo 9 do livro Mensageiras da Ressurreição

           AS MULHERES QUE PROFETIZAVAM

Para o apóstolo Paulo, o dom da profecia é o mais excelente dos dons espirituais, depois do amor. Ele dedica todo um capítulo (1 Coríntios 14) para falar da importância do dom profético. Coloca-o acima do dom de falar em línguas, e incentiva a que se procure com zelo os melhores dons (1 Coríntios 12. 31), salientando que o ato de profetizar leva à edificação das pessoas, da própria igreja, e serve para consolar e exortar.
Profetas e profetisas, ao lado dos apóstolos, seriam o próprio fundamento da Igreja.
Podemos observar, nas igrejas dirigidas por Paulo, que homens e mulheres profetizavam, desde que estas usassem véus (1 Coríntios 11, 5,13). Pelos relatos bíblicos, também, vemos que era amplamente difundido o dom da profecia entre as mulheres nos primórdios da igreja. Em função das características imanentes ao dom profético – edificar, exortar e consolar - pode-se concluir, sem erro, que as mulheres desempenhavam papel relevante, com significativo grau de autoridade na comunidade cristã. Exerciam autoridade como líderes - atuando como mensageiras da palavra de Deus, uma tarefa associada ao cargo profético. Notícia de profetisas a Bíblia nos fornece inúmeras, tanto no Antigo como no Novo Testamento.

terça-feira, 8 de maio de 2012

Trec ho extraído do capítulo 1 do livro Mensageiras da Ressurreição

 Destaco, agora e sempre, a importância da autoria do projeto inicial da emancipação da mulher por Jesus Cristo; Ele é seu verdadeiro autor e consumador – porque não cai uma folha de árvore sem que seja da expressa vontade de Deus. Verdade que salta aos olhos ao remontarmos às origens - ao Novo Testamento - ao ponto inicial, a fim de reconhecer o marco zero de nossa caminhada libertária. Ao lembrar aquele momento em que Jesus escrevendo com o dedo na areia, levantou os olhos e disse para a mulher adúltera, trazida à sua presença, que não a condenava.
Aquele foi o primeiro de subseqüentes abalos a sacudir o código de leis judaico e a repercutir sobre os conceitos de (in)justiça do mundo greco-romano. Nestes, a mulher era ainda muito mais inferiorizada, apesar das raras exceções, em ambos os contextos, que serviam apenas para confirmar a regra geral de violência e opressão.
A marcha feminista que se desencadeou em dois níveis, quais sejam, na sociedade civil e na igreja, movimentou-se em ritmo desigual. Surpreendentemente, cristãos e cristãs avançaram mais lentamente. A defasagem entre os dois segmentos é visível no presente momento. Algumas denominações evangélicas, é verdade, apoiam integralmente até mesmo o ministério pastoral da mulher; outras, porém, reconhecem apenas parcialmente o seu direito de trabalhar na missão evangelística (desde que não exerça autoridade como líder); e ainda meditam sobre o que seria ou não permitido à mulher realizar. Enquanto que, em outras denominações, sua atuação limita-se à execução de trabalhos manuais dentro do ministério de assistência social, onde lhe é permitido, quando muito, colaborar na ajuda aos necessitados e cuidar dos trabalhos de limpeza da igreja. Trabalho honroso, sem dúvida, mas, de âmbito limitado.
No segmento católico, por sua vez, mulher receber o ministério ordenado é assunto totalmente fora de cogitação. As mulheres conquistaram o mundo, mas, continuam como mendigas esmolando à porta de muitas igrejas por um espaço no púlpito ou pela oportunidade de participar das decisões concernentes à vida da igreja.
Uma mulher pode ser presidente da República, mas, em algumas  denominações não pode ser pastora,
nem ocupar um lugar na hierarquia eclesial. Sei que igreja é igreja, mundo é mundo. Mas não deixa de ser instigante a constatação, e de oferecer oportunidade para maiores reflexões.