domingo, 2 de setembro de 2012

Trecho extraído do capítulo 12 do livro Menmsageiras da Ressurreição




                         A SANTIDADE DO SENHOR JESUS
 
Na teologia da Redenção, a santidade de Jesus, na ação redentora, recebe grande destaque, e é tratada com especial atenção. Pode parecer estranha essa observação, mas, existem outras interpretações teológicas, não mencionadas neste trabalho, que não demonstram tal cuidado. Não refletem sobre a imortalidade do Redentor, necessariamente, inerente ao conceito de Santidade que Lhe é próprio. Desde o anúncio de Seu nascimento, como vimos no citado texto de Lucas 1.35, Jesus Cristo é chamado de Santo. O que isso significa? Quer dizer que Ele é separado, intocável, incorruptível, inatacável pelo pecado. Ao derrotar Satanás, pelo poder de seu sangue derramado na cruz do Calvário, e descer ao Hades, o Seu Espírito não viu a corrupção, por ser imperecível e eterno. No momento que precedeu a sua morte na cruz, Ele entregou o Seu espírito aos cuidados do Pai (Lucas 23. 46b). Nesse embate pela salvação da humanidade não poderia ter sofrido qualquer abalo porque Ele é um só com o Pai (João 10. 30) e, como o Pai, é Eterno.

Ao citar o texto de João 1.29, onde se lê que Ele é o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo, observe-se que é pela sua santidade que Cristo redime a humanidade. Acrescenta, ainda que, ao fim de seu ministério, Jesus se torna, em pessoa, a Boa Nova do Reino, pois, Nele temos a redenção e a remissão dos pecados, conforme a Palavra nos instrui. Outrossim, alerta que em tudo isso, ou seja, na morte de Jesus, no Calvário, não entra a questão de um preço pago para satisfazer a justiça ofendida, nem de morte vicária, tal como diz acontecer em seu contexto outro tipo de teologia, à qual o teólogo classifica como Jurídica. Assim como a morte foi absorvida na vitória (1 Co 15.54), também foi absorvido o pecado na santidade que, em Cristo, fez sua irrupção neste mundo.
Quanto à imagem de Deus, em relação ao episódio da morte de Jesus, não a concebe como um juiz irado, que quer ver o Filho pagar pelos pecados humanos. Porém, como um Pai cuja preocupação é a salvação dos homens. A palavra comunhão é muito mais empregada do que o termo ruptura. Na teologia, chamada Jurídica, ao contrário, fala-se mais de ruptura entre o Pai e o Filho, do que em comunhão, como se verá a seguir.

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