T E M P O D I F Í C E I S
Rachel
Winter
A carga de obrigações do
dia-a-dia, especialmente das mulheres que têm família para cuidar, é bem
pesada, todas sabemos. Trabalhar fora, então, apesar da melhora quanto à parte
financeira, faz duplicar as preocupações referentes à segurança dos filhos e da
casa. São tempos difíceis. Ninguém está seguro em lugar algum. Crimes
monstruosos são cometidos por pessoas de qualquer nível social. Ricos, cultos e
endinheirados podem transformar-se, de uma hora para outra, em criminosos da
mais alta periculosidade, nada ficando a dever aos bárbaros da antiguidade. O
curioso de tudo isso é que esse barbarismo recrudesce na chamada sociedade
civilizada, às portas do terceiro milênio. A mídia registra diariamente as
várias facetas desse enigma. Visto sob o prisma espiritual, parece conter
características que a Bíblia registra como as do fim dos tempos. Na Carta a
Timóteo, capítulo 3:3, Paulo descreve como seriam os “agentes do mal”, dessa
era: “...desafeiçoados, implacáveis, caluniadores, sem domínio de si, cruéis, inimigos do bem...”
“Meu fardo é leve”
Os cuidados com a família
atualmente complicaram-se muito. As mulheres necessitam extrapolar suas
obrigações normais – que já não são fáceis – como donas de casa, mães e, no
trabalho, como profissionais. Têm que ser também agentes de segurança. Passam
os dias preocupadas com a segurança dos filhos, da casa, do marido e com a sua
própria. Não é por aí que a solução virá.
Observemos como Jesus Cristo
tratava o problema humano da insegurança e da preocupação: “Vinde a mim, todos
os que estais cansados e sobrecarregados, e eu vos aliviarei. Tomai sobre vós o
meu jugo e aprendei de mim, porque sou manso e humilde de coração; e achareis
descanso para a vossa alma. Porque o meu jugo é suave, e o meu fardo é leve.” A
solução é trocar as preocupações que o cotidiano traz pela permanente lembrança
da proteção oferecida pelo Mestre. Ele nos incitou com insistência a não
nos deixar oprimir pelos problemas do
dia-a-dia: “Portanto, não vos inquieteis com o dia de amanhã, pois o amanhã
trará os seus cuidados; basta ao dia o seu próprio mal.” (Mateus 6:34). Não
devemos, portanto, morrer antes do tempo, porque preocupação e ansiedade trazem
doenças e apressam a morte. É comovente o seu anseio de nos ver gozar de paz e
tranquilidade e fugir do desespero causado por sentimentos negativos: “Qual de
vós, por ansioso que esteja, pode acrescentar um côvado à sua estatura?” (Idem:
6:27).
A era da insanidade
O perigo não provém só da
violência explícita. Há como que um complô para divulgá-la e uma incitação ao
seu exercício. Uma tentativa de desagregar todo e qualquer comportamento que
denote equilíbrio. É o predomínio da insanidade. Filmes, telenovelas, até
programas humorísticos e desenhos animados parecem delírios de mentes
perturbadas.
A luta por manter a saúde
mental e moral da família torna-se cada dia mais árdua. Grande número de
mulheres é tomada pelo pânico diante dos perigos circundantes. Outras tantas
mergulham em perigoso estado depressivo, pela complexidade dos problemas que
enfrentam – ou melhor, que não enfrentam. Essas, ou deixaram de ouvir ou não
conhecem as palavras do Evangelho, que significam “boas notícias”. E que falam
de um mundo de paz e prosperidade. Palavras
cuja força deu origem ao universo e que têm poder para destruir todo o mal.
Palavras que são espírito e vida, como disse o Senhor Jesus.
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