PAÍS SANGUINÁRIO
Rachel Winter
Entre os campeonatos já conquistados pelo Brasil, como o de melhor carnaval do mundo e o de campeão do mundo no futebol, agora, conquistou um título que o mantém permanentemente no pódio: o de campeão mundial de homicídios, 59,5 mil, em 2015. Certamente, é também o país onde existe o maior número de menores criminosos – os chamados “di menor”. Os maiores de idade não deixam por menos, são autores das mais diversas espécies de crimes; além de assassinatos, estupros, arrastões, torturas, assaltos a residências, a caminhoneiros, a Bancos, inclusive com explosão de caixas eletrônicos, a estabelecimentos comerciais, latrocínios - roubos seguidos de morte - mesmo quando a vítima não reage e entrega-lhes os seus bens.
Os maiores de idade
concorrem com os menores na prática da violência
contra as mulheres e, também, no número de assassinatos e roubos. Na maioria
das vezes são os próprios maridos, ex-maridos ou companheiros, os autores
desses homicídios, apesar da Lei Maria da Penha de proteção à mulher.
Certamente, os maiores
de idade não perdem para os “di menor”, nesse jogo mortal, haja vista, a
permanente lotação dos presídios brasileiros; locais onde rebeliões são
frequentes com atrocidades como degola de companheiros e outras barbaridades. São
maus exemplos para a juventude e, até mesmo, muitos são os próprios aliciadores
desses jovens para o tráfico de drogas e cumplicidade nos delitos.
As estatísticas
comprovam. Segundo dados do 9º Anuário Brasileiro de Segurança Pública, em 2015,
aconteceram 59,5 mil assassinatos no país. E, sabemos que esses números não
englobam a totalidade dos fatos, pois, muitos nem são computados. Além disso,
os crimes de omissão das autoridades não aparecem aí, nem os de corrupção de
políticos ou empresários. É sangue escorrendo de alto abaixo da Pirâmide Social.
Não adianta querer amenizar os fatos. O político que rouba o dinheiro do povo é
tão criminoso quanto os que já estão trancafiados nas prisões, pois, está
matando milhares de pessoas ao surrupiar o dinheiro destinado à saúde pública, além
de contribuir para o aumento do analfabetismo de crianças e jovens, além de
deixar o povo à mercê dos bandidos, ao apossar-se do dinheiro destinado à
segurança pública. Assunto esse que, de tão batido, tornou-se uma espécie
refrão popular. Qualquer brasileiro, por mais simples e inculto que seja,
conhece esses problemas sociais do país; menos grande parte dos políticos.
Acidentes como o
acontecido em Mariana, Minas Gerais, onde a cidade de Bento Rodrigues foi completamente destruída pela lama que escorreu
devido à queda de barragens de mineradoras, na qual 19 pessoas morreram e outras
continuam desaparecidas, não entram nessas estatísticas. Nesse acidente famílias
perderam suas casas e todos os seus bens. Será que esse fato aparecerá nas
estatísticas como crime de omissão e crime ambiental ou simplesmente como
acidente?
Existe, também, a
chamada Máfia da Merenda Escolar. Administradores roubando o dinheiro destinado
a essa finalidade, sem se preocupar com a baixa qualidade nutricional dos
alimentos para jovens e crianças de famílias de baixa renda.
Mas, nem tudo está
perdido, um vento de esperança está varrendo o país, com a instalação da
investigação pela Polícia Federal, da Lava Jato, comandada pelo juiz Sérgio
Moro. Dezenas de políticos, empresários e administradores já estão condenados e
presos e outros tantos aguardando julgamento. Realmente, um movimento de
moralização do país.
Mas, acima de tudo
devemos crer no poder de Deus para abençoar a nação e torná-la um exemplo de
moralidade e justiça social. As igrejas cristãs, históricas, pentecostais e
neopentecostais fazem o abençoado trabalho de clamar pela vinda do Reino de Deus ao Brasil, proclamando a Palavra
sobre a qual Jesus Cristo disse que “é espírito e vida” e levando multidões a
obedecer os mandamentos de Deus, entre os quais está bem claro: “não matarás” e
“não furtarás”.
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