quarta-feira, 13 de abril de 2016

                                       MULHERES ESPANCADAS
                                                                                                                                                                                  Rachel Winter
Dados estatísticos revelam que, a cada 15 segundos, uma mulher brasileira é espancada. Este fato vem, certamente, surpreender a todos que acreditam que com leis tão progressistas para proteção dos direitos femininos, costumes bárbaros como agressão física haviam sido banidos da sociedade. Grande engano, como se vê. Conforme observou a secretária dos Direitos da Mulher, Solange Bentes: “A violência contra a mulher tem uma conotação cultural muito forte, em nosso país.”
Esse registro chocante sobre agressões à mulher, consta de um levantamento feito a partir de 1985, e que se encontra no chamado Relatório Nacional Brasileiro, lançado, ainda, no governo do presidente Fernando Henrique Cardoso. E, como seria de esperar, setenta por cento dos incidentes acontecem dentro de casa e o agressor é o próprio marido ou companheiro da vítima.
Tortura no lar – Deve ser bem triste a vida no lar em que o marido costuma agredir mulher e filhos. (Marido violento, geralmente, é pai violento). Num ambiente assim, de permanente tensão, o medo é o denominador comum, como numa prisão, tipo Carandiru, Bangu e assemelhadas; sem exagero, pois pancada machuca, mutila e causa dor, venha da parte de quem vier, carcereiro, marido ou pai, e aconteça na penitenciária ou no “lar”.
Quanto aos filhos, independente de serem ou não agredidos, são marcados por seqüelas psicológicas que os acompanham pelo resto da vida, traumatizados pela visão das cenas do pai atacando a mãe. É dor que nunca acaba. São feridas incuráveis que ficam no coração dos filhos, na mente torturada da mulher ou nas mutilações físicas de que muitas delas são vítimas.  Que filho poderá esquecer os gritos de dor da mãe, ou a visão da face transtornada pelo ódio, do pai agressor?
Em briga de marido e mulher... - E pensar que, até pouco tempo, a sociedade fingia que não via o fato de os maridos baterem nas esposas. A polícia interferia apenas quando a agredida quase morria ou vinha realmente a morrer. Ninguém a defendia, pois era voz geral que em briga de marido e mulher ninguém mete a colher. Foram séculos de agressão impune e ignorada e de sofrimento silencioso. Hoje, pode-se creditar a essa violência contra a mulher, nos lares, a má fama que cerca o casamento entre pessoas do mundo, e o número crescente de divórcios. Se a vida em família, historicamente falando, tivesse sido muito boa, a liberdade e os direitos adquiridos pela mulher atualmente não teriam força suficiente para ameaçar a instituição do casamento, como se vê acontecer. Serviriam, esses avanços, ao contrário, para aperfeiçoá-lo, e levar o casal a ter uma vida em comum mais plena, como acontece no meio evangélico, entre pessoas verdadeiramente cristãs. Note-se, entre as verdadeiramente cristãs e não apenas evangélicas denominacionais. Entre aqueles casais que pautam sua vida pela palavra de Deus, que exorta os maridos a amar as suas mulheres como também Cristo amou a igreja, e a si mesmo se entregou por ela.” (Efésios 5:25). E diz mais: “Quem ama a sua mulher, ama-se a si mesmo. Porque nunca ninguém aborreceu a sua própria carne; antes a alimenta e sustenta, como também o Senhor à igreja.”[28b e 29].
Precisa dizer mais alguma coisa?





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