terça-feira, 12 de fevereiro de 2013

Trecho extraído do capítulo 2 livro Mensageiras da Ressurreição

 
                                      A REVOLUÇÃO DO AMOR
Partindo do postulado que reconhece em Jesus Cristo o autor e consumador da libertação feminina, observemos outros fatos, tomados como evidência dessa afirmação, sabendo que a evidência é um dos critérios da verdade. Comprovação oferecida aos que necessitam de provas de que a libertação da mulher é segundo a vontade divina. Sem esquecer, a par disso, que intento popularizar as pesquisas exegéticas – estudo e interpretação dos textos bíblicos por eruditos cristãos - no intuito de destacar a atuação das primeiras mulheres cristãs no trabalho missionário. Desse modo, colocando ao alcance do leitor leigo, na medida do possível, o resultado de tais pesquisas, além de falar sobre minhas próprias convicções, inspiradas por Deus.
Não perdendo de vista, também, que foi a partir de Jesus e na igreja primitiva, que a mulher passou a ser equiparada ao homem no trabalho dentro da seara. Ainda que Jesus Cristo, de modo algum negasse a diferença entre os sexos, houve pouca diferença no seu modo de tratar homens e mulheres. Ele falava às mulheres como a seres humanos, e não baseado em diferenças sexuais.
Antes desse tempo, a mulher era tratada como se fosse menor de idade, um ser incompleto que precisava amparar-se no homem, como em uma muleta, para sobreviver socialmente. A autoridade masculina estendia-se a ponto de interferir na prática religiosa da vida da mulher. O pai ou o marido tinham direito até mesmo de anular os votos que a mulher fazia a Deus (Números 30. 1-16); caso ela pronunciasse alguma palavra impensada sob o calor de 
grande aflição e, depois, tivesse dificuldade para cumpri-la.
Observemos os passos em que se desenvolveram as ações de Jesus em benefício da mulher. Dentre as atitudes tomadas no sentido de que os seus direitos fossem ampliados e equiparados aos do homem, fundamentamo-nos nos seguintes episódios, ocorridos durante o Seu ministério terreno:
1) No perdão da mulher adúltera. Acontecimento que pode ser considerado, repetimos, como o marco zero do processo de libertação do gênero feminino, por Jesus Cristo. Nesse episódio emblemático da história da mulher no relato do Novo Testamento, o nome da adúltera não é revelado. Ao procurar identificá-la, muitas pessoas, enganam-se porque pensam tratar-se de Maria Madalena o que, segundo o texto bíblico, não é verdade.
2) Na cura e no perdão, pela sua audaciosa atitude, da mulher que padecia com um fluxo de sangue, havia doze anos, e que tocou nas vestes de Jesus crendo que, com esse gesto, seria curada. Ela infringiu um preceito da lei mosaica, a qual considerava imunda a pessoa que estivesse sofrendo de qualquer tipo de hemorragia. Enquanto estivesse nesse estado não lhe era permitido sequer tocar em outra pessoa (Lc 8: 43 – 48; Mt 9.20; Mc 5.25). Mas, Jesus, deixando falar mais alto o sentimento de misericórdia que lhe era peculiar, ao vê-la apresentar-se à Sua frente trêmula e amedrontada, em resposta à Sua pergunta: Quem é que me tocou? Disse-lhe: Tem bom ânimo, filha, a tua fé te salvou; vai em paz.
3) No perdão da "pecadora" que ungiu os pés de Jesus, em público, durante o jantar na casa do fariseu chamado Simão (Lc 7. 36 a 50). A quem Jesus disse: Os teus pecados te são perdoados...e, ao despedi-la, acrescenta:
A tua fé te salvou: vai-te em paz. (vv.48 e 50).
No capítulo Ato das Apóstolas, falarei mais sobre esse episódio - da "pecadora" - ao fazer menção a Maria Madalena com a qual costumam, também, confundi-la.
4) Na libertação de Maria Madalena, a qual era oprimida por espíritos malignos. Jesus expulsou dela sete demônios (Lc 8:2). Aceitou-a como cooperadora em Seu ministério, o que significa dizer, como discípula; e não consta que tivesse feito qualquer ressalva quanto à sua atuação, no meio de seus seguidores, que pudesse ser vista como discriminatória.
5) Na conversa que Jesus teve com a mulher samaritana, o que a levou a divulgar, entre o seu povo a notícia de que avistara o Cristo, uma verdadeira revelação sobre a messianidade de Jesus. Saliente-se que os judeus eram inimigos dos samaritanos, aos quais sequer dirigiam a palavra, porém, Jesus ignorou a questão, quebrando mais esse costume. (João 4: 4 a 29). O resultado desse diálogo foi que as boas novas do Evangelho foram proclamadas e aceitas, pela primeira vez em Samaria, pela palavra dessa mulher.
6) Na compaixão que demonstrou à viúva de Naim, (Continua).

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