quinta-feira, 7 de maio de 2015

Trecho extraído da Introdução do livro Mensageiras da Ressurreição

      O VERDADEIRO AUTOR DA LIBERTAÇÃO FEMININA

Creio que, se as mulheres soubessem, no que tange à sua emancipação, o que devem a Jesus Cristo, certamente, esco­lheriam não apenas um momento para dar-Lhe graças, mas, dedicariam todos os dias de sua vida para agradecer-Lhe por essa bênção sem par. A graça redentora de Deus, ao nos dar a vida eterna concedeu-nos, também, aqui na terra, o direito de desfrutar de uma vida saudável de liberdade e paz. Icono­clasta, Jesus Cristo afrontou todas as leis e todos os costumes que oprimiam as mulheres a fim de libertá-las. Disputando com os fariseus, levava-os ao desespero ao colocar-Se sempre a favor dos direitos da mulher, fosse para livrá-la das garras da lei, em sentenças de morte, ou do pesado jugo constituído pelos costumes judaicos e pelo legalismo dos fariseus.
No mundo, muitas facções reivindicam a autoria da vitória pela emancipação social da mulher, sem se repor­tarem ao verdadeiro Autor dessa tremenda revolução so­cial. Talvez, nem sequer O conheçam e, por isso, ignoram a Fonte donde emanou esse benefício para todo o gênero feminino - Jesus Cristo, o Libertador.
A mulher foi tirada da marginalização social em que permaneceu durante tanto tempo, maltratada, amor­daçada e violada em seus mais comezinhos direitos indi­viduais e sociais. Tratada como um ser inferior e juridi­camente incapaz por uma legislação caracteristicamente androcêntrica sob a qual era, apenas, uma sombra do homem - o negativo da fotografia. Pior ainda, vista como amaldiçoada descendente de Eva, tratada injustamente como protagonista da Queda. Culpada sim, reconheça­mos, mas em menor grau que o homem, pois, ele é o res­ponsável; ela a co-responsável.
Todavia, não foi sob tal perspectiva que a mulher per­correu todos os séculos, vergada sob o peso de uma culpa imperdoável perante os olhos da sociedade, e de algumas religiões. Era como se Adão não possuísse, tanto quanto Eva, poder soberano de decisão e escolha entre o bem e o mal, com o agravante de que foi a ele, e não a ela, que Deus ordenara não tocar na árvore da ciência do bem e do mal (Gênesis 2.17). A carga maior de culpa, que deveria ter pe­sado sobre os ombros dele, tem sido carregada por ela.
Hoje, porém, as coisas começam a mudar. Tanto na igreja como na sociedade há um clamor por justiça, no sentido de devolver à mulher o direito à liberdade que lhe foi sonegado no decorrer dos séculos - vitória conce­dida por Cristo a todo o gênero feminino.  Neste livro, pretendo dar destaque às passagens dos textos bíblicos que relatam a atuação da mulher nos tem­pos de Jesus e da igreja primitiva, lançando mão, tam­bém, de trechos do Antigo Testamento concernentes ao assunto. Para essa finalidade busquei apoio na exegese de renomados autores cristãos. Serão incluídas, ainda, no final de alguns capítulos, frases de autoria de filóso­fos, intelectuais famosos, religiosos, cientistas e médicos numa mostra da idéia que, no passado, tinham acerca da mulher. A reunião de frases será englobada sob o título de Memorial da Discriminação. Pelo título presume-se que seus conceitos não eram nada favoráveis ao gênero feminino. Como se verá, disseram coisas cruéis, estapa­fúrdias e, até mesmo, hilariantes; a maioria, inacreditá­vel. Pareciam falar de um ser de outro planeta. Diante de tanta sandice, chega-se a uma pergunta elementar: será que eles não tiveram mãe?
A humanidade demorou muito para entender a operação de Cristo em prol da libertação feminina. No lodaçal de idéias falsas e dos preconceitos em que se viu envolvida a mulher, é como se o gênero feminino tivesse ficado fora da Nova Aliança; como se Jesus Cristo tivesse vindo para salvar apenas a metade masculina da huma­nidade. Aliás, chegou-se a cogitar que a mulher não teria uma alma imortal, colocando-se em dúvida até mesmo se seria humana. Parece piada, mas, aconteceu no final do século 16. O registro desse debate de mau gosto, ocor­rido em 1595, consta do livro Are Women Human? (As mulheres são humnas de autoria e Manfred P. Fleischer). (CONTINUA).

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