CRÍTICAS AOS NEOPENTECOSTAIS:
IRMÃOS CONTRA IRMÃOS
Rachel Winter
No entanto, ao apontarem o dedo contra os neopentecostais, os críticos
parecem não lembrar do que Jesus Cristo disse, em Marcos 16.15: “Ide por todo o
mundo, pregai o evangelho a toda criatura.” Quer dizer, Cristo não mandou
circunscrever a ação evangelizadora da igreja ao âmago da própria igreja, com a
atenção voltada para um grupinho de crentes, como aconteceu durante séculos,
aqui no Brasil, com algumas igrejas elitistas; cuja membresia, durante dezenas
de anos, não passava, de uma centena de pessoas; e seus membros, além de outras
preocupações de somenos importância, costumavam primar pela elegância no vestir
e pareciam sentir-se tão perfeitos e santos como o fariseu quando, ao orar ao
lado do publicano, (Lucas 18. 11), exclamava: "Deus eu te agradeço porque não
sou como os outros homens: ladrões, corruptos, adúlteros; nem mesmo como
este publicano..."
Não estou querendo empequenar o trabalho das igrejas históricas, pois,
bem sei que a mensagem primeva do evangelho chegou ao Brasil trazida por essas
igrejas. Porém, me refiro especificamente ao caráter elitista que tomaram no
país. E, meu objetivo aqui é analisar as críticas que os históricos costumam
fazer aos neopentecostais, como foi dito acima e, especialmente, à teologia da
prosperidade.
Nesse contexto, indagamos, de que modo patrocinar a expansão do
evangelho "por todo o mundo", e sustentar igrejas com milhares,
algumas com milhões de membros, através do mundo, como fazem as
neopentecostais?
Certamente, Deus já providenciou os recursos fazendo com que as igrejas
prosperem, também, materialmente, através da prosperidade dos crentes; o que dá
origem a um círculo de progresso material em prol - necessariamente - da
expansão do evangelho.
A idéia de uma teologia da prosperidade nasceu em função das
circunstâncias atuais, quando as igrejas neopentecostais passaram a arrastar
multidões incontáveis para o Caminho, inspiradas pela sabedoria divina, que a
tudo provê segundo as necessidades da igreja no decorrer dos tempos. Soluções
que a mente humana nem sempre compreende ou acompanha. Causa de estranheza para
as outras denominações menos abrangentes. Há, porém, que observar o
desenvolvimento populacional - os bilhóes de habitantes que o mundo possui atualmente,
aos quais urge pregar o evangelho. Para alcançá-los, meios de comunicação se
fazem necessários e Deus já os providenciou, como a televisão, o rádio e a
imprensa, bem como meios de transporte eficientes e rápidos. É necessário
observar que não são mais doze tribos, apenas, a serem alcançadas, como no
início dos tempos. Nem como nos séculos mais recentes, nos quais apenas pessoas
das mesmas famílias que frequentavam uma igreja durante oitenta ou cem anos
como se via acontecer em muitas das igrejas históricas.
Nem por isso deixamos de lembrar que tais igrejas históricas possuíam
missões espalhadas pelo mundo, mas, de âmbito muito limitado em comparação com
o trabalho desenvolvido, hoje, pelos neopentecostais.
Aí, surge a questão do dinheiro, causa de tanta polêmica e estranheza
entre as pessoas do mundo e, até mesmo, entre alguns cristãos. Observemos que o
dízimo é prática secular, existente desde o tempo de Abraão, à qual Deus
incentiva e aprova, tal como se vê em Malaquias: 53.10: Trazei todos os dízimos
à casa do tesouro, para que haja mantimento na minha casa, e depois fazei prova de mim, diz o SENHOR dos
Exércitos, se eu não vos abrir as janelas do céu e não derramar sobre vós uma
bênção tal, que dela vos advenha a maior abastança. Prática essa confirmada
por Jesus Cristo, em Mateus 23. 23, ao comentar que os fariseus davam o dízimo
sobre as vendas de suas colheitas, mas, esqueciam do mais importante da lei,
que são o juízo, a misericórdia e a fé - porque ambas as coisas deveriam ser
praticadas, porque não são excludentes. Não está certo praticar um desses
mandamentos e ignorar o outro.
As igrejas neopentecostais estão atraindo milhões de pessoas para o
Caminho - Jesus Cristo. No entanto, os históricos opinam que essa massa humana
vem em busca da solução para seus problemas pessoais, financeiros, de saúde, de
desarmonia na família e outros tantos, e não verdadeiramente interessada em
converter-se a Cristo.
Em certa ocasião, Jesus Cristo afirmou algo semelhante acerca das
milhares de pessoas que o buscavam: Na verdade vos digo que me buscais não
pelos sinais que vistes, mas porque comestes do pão e vos saciastes. (João 6.
36). Jesus referia-se à multiplicação milagrosa dos pães, que havia realizado,
e com a qual alimentou, por duas vezes, a multidão faminta que o seguia no
deserto.
Mas, como o Senhor tratou aquelas pessoas? Por acaso, renegou-as? Não!
antes ensinou-as sobre o que realmente importa para alcançar a vida eterna,
para se chegar a Deus, nosso Pai; afirmando que deviam trabalhar não pela
comida que perece, mas, pela comida que permanece para a vida eterna, e,
dando-se a conhecer como o Pão da Vida.
Observemos que a multidão estava próxima
de Jesus, fisicamente falando, ainda que, a maioria, por motivos egoísticos e menos nobres, ignorasse
a verdadeira identidade de Cristo. Contudo, o primeiro passo que é aproximar-se
de Jesus havia sido dado. O mesmo acontece com os milhões de pessoas que se aproximam das
igrejas neopentecostais - muitos, movidos por interesses pessoais, mas, que acabam
por conhecer o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo, cujo sangue
poderoso, derramado na cruz do Calvário, os pode salvar.
Voltando à questão financeira, será que não dá para entender que pregar
para milhões de pessoas, não é a mesma coisa que pregar para algumas dezenas
delas? E que são necessárias verdadeiras fortunas em dinheiro para custear essa
obra? Não estamos mais no tempo da "eclesia" - ou seja, época em que
os apóstolos se reuniam nas casas das pessoas para ministrar a Palavra, em que os
gastos da igreja eram menores.
Assim, podemos exclamar, ai de nós sem a teologia da prosperidade, que
ensina os crentes a prosperem para que a igreja, também, prospere! a fim de se
cumprir o grande mandamento, o "Ide".
Antes de encontrar defeitos nas igrejas neopentecostais, que tal
observar, também, os milagres ali realizados? Jesus Cristo disse que pelos
frutos conhecemos a árvore. Disse, também: "Crede-me que estou no Pai, e o
Pai, em mim; crede-me ao menos por causa das mesmas obras." (João
14. 11).
Vi na tv, certa vez, um Pastor perguntar a respeito dos milagres
realizados , por meio do apóstolo
Valdemiro Santiago, na igreja Mundial: Por que tantas curas? Exclamo:
Misericórdia!!! Jesus Cristo não falou a respeito dos sinais que seguiriam aos
que crerem? os quais imporiam as mãos sobre os enfermos e os curariam? Além de
afirmar que faríamos as mesmas obras que Ele fez e as faríamos ainda maiores?
Tais milagres acontecendo provam que a palavra de Deus está sendo
observada em toda a sua pureza e veracidade, uma vez que é Jesus Cristo quem
nos dá saúde, nos liberta e nos dá prosperidade. Lembrando ainda que
"prosperidade é dom de Deus."
Aos descrentes, o Senhor Jesus disse, em João 14, que poderiam saber que
Ele é "um só com o Pai" por causa dos milagres que realizava:
"Crede-me que estou no Pai, e o
Pai, em mim; crede-me, ao menos, por causa das mesmas obras." - concluindo
o que dissera anteriormente: " O Pai que está em mim, é quem faz as obras."
Por conseguinte, os grandes milagres realizados nas igrejas
neopentecostais comprovam a veracidade da pregação do evangelho, enfim, o
respeito pela palavra de Deus. Só não vê quem não quer.
Muito construtivo e oportuno seria se os evangélicos, em geral,
colocassem em prática a mensagem do Salmo 133: "Oh! quão bom e quão suave
é que os irmãos vivam em união. É como o óleo precioso sobre a cabeça...Como o
orvalho do Hermom, que desce sobre os montes de Sião; porque ali o SENHOR
ordena a bênção e a vida para sempre.
Prezada irmã,
ResponderExcluirCreio ser importante esclarecer que uma grande parte dos críticos do neopentecostalismo também são críticos do pentecostalismo. São radicais ao extremo contra a fé pentecostal. A origem deles é a Igreja Presbiteriana, porém, não devemos generalizar pensando que todos os membros dessa denominação são iguais, aliás, aqueles que são personalidades renomadas nesta denominação são mais brandos em seus comentários.
Existe pentecostal criticando neopentecostal? Sim, mas em se comparando ao grupo de cessassionistas, citado no parágrafo anterior, é bem pequeno.
É importante pesquisar sobre a Teologia da Prosperidade porque algumas críticas a ela procedem. Líderes como RR Soares ao longo dos anos repensaram seus posicionamentos a respeito dela. Há uma década atrás, ele pregava que uma pessoa doente dava mal testemunho de sua fé, ensinava que a prosperidade que Deus nos dá restringia-se ao campo material; hoje ele ensina que prosperidade significa ter estabilidade financeira e não apenas o acúmulo de bens , e que a prosperidade bíblica abrange as esferas espiritual, física e material.
Ainda há quem seja radical em pregar a TP, quem esqueça de ensinar as verdades relativas a salvação da alma, que ensine aos membros de suas igrejas a buscarem apenas os bens matérias: o carro, a casa própria, mais dinheiro e status social. Esses líderes são censuráveis.
Apoiemos líderes que ensine o povo a adorar a Deus e amar o próximo, pois “se esperamos em Cristo só nesta vida, somos os mais miseráveis de todos os homens" (1 Coríntios 15.19).
Em Cristo,
E.A.G.