EM
DEFESA DO NEOPENTECOSTALISMO
Rachel Winter
Não vou citar nenhum
artigo entre os diversos que costumam criticar o Neopentecostalismo, porque
todos eles se parecem em sua forma de ataque. São superficiais e, alguns, até
mesmo ofensivos. Ainda que afirmem a existência de dois tipos de neopentecostalismo,
um bom e outro nem tanto. Ainda assim, todo esse movimento cristão é atingido.
Em primeiro lugar,
observemos o respeito à coerência e à lógica que deve haver em qualquer texto.
Não é só ir comparando alhos com bogalhos, sem observar o respeito à verdade e
à hermenêutica; o qual deve estar presente quando se fala da Bíblia. Porquanto,
não faz sentido o uso de comparações superficiais afirmando, por exemplo, que
as igrejas neopentecostais não se mantêm fiel à palavra de Deus. Isso é
falácia. Argumento frágil demais para ser levado à sério. Porquanto as igrejas
neopentecostais estão unidas à mensagem da Cruz, seguindo fielmente tudo que
Cristo ordenou. A começar pela prática da Palavra, como o deste trecho: “E
ESTES SINAIS SEGUIRÃO AOS QUE CREREM: EM MEU NOME, EXPULSARÃO DEMÔNIOS; FALARÃO
NOVAS LÍNGUAS; PEGARÃO EM SERPENTES; E SE BEBEREM ALGUMA COISA MORTÍFERA, NÃO
LHES FARÁ DANO ALGUM; E IMPORÃO AS MÃOS SOBRE OS ENFERMOS E OS CURARÃO.”
(MARCOS 16. 17, 18). Em quais igrejas vemos essas palavras sendo cumpridas? na
prática? – Nas neopentecostais, evidentemente.
Para meditarmos mais
sobre o assunto vale observar os trechos bíblicos seguintes:
OS FRUTOS - Mateus 12.3: “Ou dizeis que a
árvore é boa e o seu fruto, bom, ou dizeis que a árvore é má e o seu fruto, mau;
porque pelo fruto se conhece a árvore.”
O fruto das igrejas
neopentecostais tem sido o melhor e o mais abundante da história do
cristianismo. Por seu trabalho, o mundo está tendo conhecimento do Evangelho em
ritmo acelerado. A mensagem da Cruz está se expandindo pelo mundo afora e não
mais restrita ao âmbito das igrejas, como até pouco tempo atrás, em que as
igrejas possuíam número de membros reduzido. Geralmente, eram gerações das
mesmas famílias que iam se sucedendo. Sei bem como é, pois, tenho parte da
família que está há uns 90 anos na mesma congregação. Enquanto o “Ide” ordenado
por Cristo permaneceu em compasso de espera. Para as respectivas famílias isso
é uma bênção inigualável, não restam dúvidas, mas, os tempos para o mundo eram
maus e havia trevas, e ainda há muito a fazer para dissipá-las.
A primeira aparição da
Palavra na televisão foi por meio de uma igreja neopentecostal. Hoje, já é
comum; inclusive outras denominações têm lugar na mídia.
A FÉ SEM OBRAS É MORTA – “Meus irmãos,
que aproveita se alguém disser que tem fé e não tiver obras? Porventura, a fé
pode salvá-lo?” (Tiago 2. 14).
Jesus Cristo afirmou:
“Aquele que crê em mim também fará as obras que eu faço e as fará maiores do
que estas.” (João 14.12). Essa previsão
está sendo cumprida. Aonde? nas igrejas neopentecostais, de maneira gloriosa.
Vou dar somente um exemplo, da Igreja Mundial, ministério do apóstolo Valdemiro
Santiago. Os próprios médicos quando se deparam com algum doente em estado
terminal e, esgotados todos os recursos da medicina e os seus esforços
baldados, eles mesmos mandam leva-lo à Igreja Mundial. Sabem que ali é a última
esperança. Jesus poderá operar a cura – pela fé. A fé viva em nosso Salvador
amado, Jesus Cristo. Fé com obras para glorificar a Deus.
E a libertação de pessoas que se encontram sob
possessão demoníaca? São libertas e encontram a Paz – com letra maiúscula, sim,
porque é a Paz que Cristo nos dá. Diferente da precária paz que o mundo
ocasionalmente pode dar. Tudo isso faz parte do cotidiano das igrejas
neopentecostais.
Frise-se que a Bíblia
está se referindo às obras de Deus; àquelas que se chamam milagres. Não se
trata de obras humanas, tipo assistência social, e outras. Claro que essas
também precisam ser feitas, mas, não pertencem ao nível espiritual. Ainda, diz
a Bíblia:
“Porque, assim como o
corpo sem o espírito está morto, assim também a fé sem as obras é morta.”
(Tiago 2. 26).
PROSPERIDADE –
Outro motivo de ataque
aos neopentecostais, tanto por ímpios como por irmãos em Cristo, é a pregação
da prosperidade na igreja. Mas, certamente, falta entendimento, da parte deles,
da seguinte questão: da prosperidade dos crentes depende a prosperidade da
Igreja. Pois, só desse modo é possível cumprir a ordem dada por nosso Senhor
Jesus Cristo: “Ide por todo o mundo, pregai o evangelho a toda criatura”...
(Marcos 16.15). De vez que, os crentes prosperando a Igreja prospera. A
prosperidade não é apenas para deleite pessoal dos crentes, entenda-se de uma
vez por todas, talvez seja preciso desenhar para entenderem, é para a
prosperidade da Igreja, portanto, para a glória de Deus. E pelo cumprimento do
dever do dízimo o SENHOR nosso Deus, promete abrir as janelas do céu e derramar
sobre dizimista “uma bênção tal que dela lhe advirá a maior abastança”.
(Malaquias 3. 10). Não são os Pastores que prometem a prosperidade ao
dizimista; é o SENHOR. Eles apenas
repetem a promessa feita por Deus, no
texto bíblico. Além do que: ”Prosperidade é dom de Deus.”
Esses críticos, das
duas uma, ou são completamente inocentes e totalmente sem noção do quanto se
requer para realizar essa tarefa gigantesca, de sair pelo mundo pregando o
evangelho, visto que é preciso dinheiro
muito dinheiro. Assim como para manter igrejas com milhares de membros, além do
custo altíssimo para o uso de horários alugados nos canais de televisão. Se não
for caso de ingenuidade é de má fé. E, por falar em dinheiro na igreja, ou
Teologia da Prosperidade, surge uma pergunta a respeito dos grandes servos de
Deus, do passado, cujas vidas são descritas na Bíblia. Seriam
elespobretões, mendigos? Qual era a
situação financeira, se se pode dizer assim, de Abraão? De Davi, de Salomão, do
próprio Jó, antes de ter sua fé testada, e depois quando Deus restitui-lhe tudo
o que havia perdido? A situação deles, se fossemos transpô-la para
os dias de hoje, colocaria seus nomes na lista da Revista Forbes, como os
homens mais ricos do mundo. E, se Jesus
Cristo censurou o “moço rico” foi porque ele estava fazendo do dinheiro motivo de
idolatria.
Para finalizar,
confesso que me sinto desolada com essa luta entre cristãos. Simplesmente
inconcebível! Triste. Muito triste. Irmãos contra irmãos! Questão sobre a qual
meditar muito porque:
“Mas eu vos digo que
de toda palavra ociosa que os homens disserem hão de dar conta no Dia do Juizo.
Porque por tuas palavras serás justificado e por tuas palavras serás
condenado.” (Mateus 12. 36, 37).