EU
VOS SAÚDO!
Não se veja nessa perspectiva, porém, a colocação da nova criação
contra a velha, pois, a ação redentora de Cristo, origem da nova criação, cuja
consumação acontecerá na Sua volta, faz parte do que Deus iniciou no Gênesis.
Na história da Igreja – Corpo de Cristo -, não há contradições,
descontinuidade, nem fissuras de qualquer espécie. Sua estrutura, bem firmada
na Rocha, é como a edificação de um prédio que se eleva aos poucos, previstas
que são todas as etapas da obra - divina - até a sua completa realização, que
aponta para o Alto. Lá está alvo a ser atingido, propósito de caráter
escatológico, qual seja, a volta do Senhor, em que a Igreja surge como herdeira
do novo céu e da nova terra (Apocalipse 21.1). Conforme o livro de Apocalipse,
a Igreja é o tabernáculo de Deus com os homens, pois com eles habitará, e eles
serão o seu povo, e o mesmo Deus estará com eles, e será o seu Deus (21. 3b).
O propósito divino, tal como revelado no Novo Testamento, mostra que a
criação da nova humanidade permeia toda a história bíblica e aparece como seu fio condutor e alvo principal. Por intermédio de Jesus Cristo, Deus cria
seu povo – remido – para no meio dele habitar.
O propósito que os israelitas não puderam realizar para Deus, de ser o
Seu povo, pertence agora à nova humanidade, constituída pela nação santa dos
sacerdotes do Senhor.
A ekklesia, formada por todos aqueles que confessam a Cristo como seu
Senhor e Salvador, em todas as épocas e lugares – povo escatológico – procura
refletir já no presente a futura realidade do Reino de Deus, e o caráter
próprio de Deus, ainda que de modo parcial. Sob esse prisma, como geração
eleita, podemos realmente refletir a imagem de Deus.
Porém, se no contexto da que pensamos ser a verdadeira comunidade
cristã, subsistem barreiras de qualquer espécie para separar as pessoas, algo
de estranho está ocorrendo. Será que nos deparamos, apenas, com uma instituição
religiosa que leva o nome de igreja? O motivo dessa pergunta são os
relacionamentos interpessoais baseados em distinções raciais, socioeconômicas e sexuais, que já deveriam estar extintos há muito tempo no coração dos
cristãos e na prática do contexto eclesial.
Exclusão, submissão humilhante, discriminação de pessoas, de qualquer
espécie ou gênero são anátemas a ser fulminados. Só assim se cumprirá a vontade
do Pai que nos quer ver unidos a Ele, como Igreja, através de Cristo.
O Senhor quer nos ver livres – homens e mulheres – para assumir, como
crentes, todo e qualquer cargo dentro do ministério cristão.
Nenhum comentário:
Postar um comentário