segunda-feira, 15 de outubro de 2012

Trecho extraído do capítulo 4 (1) do livro Mensageiras da Ressurreição

 
                         Feminismo sem rancor
Estai pois firmes na liberdade com que Cristo nos libertou, e não torneis a meter-vos debaixo do jugo da servidão. (Gálatas 5.1).
Em um piscar de olhos, a liberdade arduamente conquistada pode ser perdida. Perigos espreitam tanto a vida espiritual, à qual Paulo se refere, quanto a vida pessoal e social para a qual suas palavras, igualmente, servem de orientação. Segundo assevera o apóstolo, há necessidade de vigiar para não voltarmos ao estado anterior, ao antigo cativeiro. Sob esse prisma, observemos os contrastes que dividem o mundo contemporâneo em países livres e democráticos, e em países sob a tutela do patriarcado social, cultural e religioso.
Do outro lado do mundo, como sabemos, o cativeiro das leis e dos costumes, tal qual era no passado remoto: o cotidiano vivido pela mulher sob o peso de maus-tratos e vilipêndios, e a ameaça da pena de morte assombrando permanentemente as consciências.
Vejamos, agora, o outro lado da moeda. Nos países ocidentais, o gozo de uma vida de liberdade, onde a mulher tem autonomia para decidir sobre tudo o que lhe diz respeito. Aqui, ela tem os seus direitos assegurados por lei, que lhe dá vez e voz para defender-se de qualquer cerceamento à liberdade e de qualquer ameaça à vida.
Então, está tudo bem, do lado de cá? - Nem tanto, quanto era de se esperar, porque a liberdade tem seu preço e, ao ficarmos "inadimplentes", corremos o risco de voltar para o cativeiro. Temos que pagar o preço, dentro da sociedade, com relação a um feminismo sem rancor, para desfrutar de liberdade com a moeda da responsabilidade, prudência, bom-senso e generosidade. 
Paulo, divinamente inspirado, alerta os gálatas sobre o perigo de um retrocesso da liberdade em Cristo para a volta à opressão da Lei e costumes judaicos. O feminismo extremista faz um caminho inverso, o qual leva igualmente ao jugo da servidão: sai de sob a opressãso da lei patriarcal para
mergulhar universo anárquico. Confusão e anarquia, reconheçamos, não são sinônimos de liberdade. Constituem uma barreira que impede o pleno exercício da liberdade tanto no contexto social como no plano individual. Liberdade e ordem não são excludentes, são correlatas.


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