domingo, 16 de outubro de 2011

Trecho extraído do capítulo 8, item 2, do livro Mensageiras da Ressurreição

A MULHER QUE ARRISCOU A VIDA POR PAULO
Priscila, cujo nome verdadeiro é Prisca, foi missionária e cooperadora de Paulo, na obra do Senhor, conforme Romanos 16. Ela desenvolvia sua missão ao lado de Áquila, com quem era casada. Seu nome aparece em primeiro lugar, em vez do nome do marido, contrariando o costume da época, quando na maioria das vezes o nome da mulher nem era citado. Seguia-se simplesmente ao nome do homem a observação de que era casado ou que possuía filhas, omitindo-se o nome tanto da esposa quanto das filhas. O nome de Priscila, antecede ao do marido em Romanos 16.3; Atos 18.18, 26; e 2 Timóteo 4.19, o que indica a sua importância na comunidade cristã e a excelência de seu trabalho.
Pricila foi fundadora de comunidades e exercia liderança na ekklesia - igreja doméstica. Paulo menciona esse fato ao se referir à igreja que está em sua casa, em 1 Coríntios 16.19b. Na missão que o casal desenvolveu por Éfeso, Corinto e Roma costumava transformar a própria casa em ponto de reunião da igreja.
Quanto ao sentido da palavra ekklesia, vale observar que é bastante extenso e excede o de igreja doméstica. Designava a reunião dos cristãos e cristãs, servia para nomear o grupo, bem como as comunidades domésticas locais ou espalhadas, bem como todo o movimento cristão.
Na história de Priscila e Áquila, sobressai um feito heróico, o de terem arriscado a vida para salvar a de Paulo. Ele pede às igrejas que lhes sejam gratas, assim como ele mesmo manifesta a sua gratidão: Os quais pela mi
nha vida expuseram as suas cabeças; o que não só eu lhes
agradeço, mas também todas as igrejas dos gentios (v.4).
Paulo mostra-se, igualmente reconhecido pela acolhida
que lhes deram durante o tempo que passou em Corinto.
E, mais que tudo, pelo trabalho incansável que desenvolviam
como cooperadores e missionários na obra do
Senhor.
Temos a informação, em Atos 18. 1-3, de que Priscila
e Áquila eram fabricantes de tendas. Paulo, que também
conhecia o ofício, passou a trabalhar com eles. O
apóstolo, o qual pertencera a uma família de posição
social proeminente e abastada, cidadão romano, neto e
sucessor do rabino Hillel, via-se, agora, lutando arduamente
pela sobrevivência, por amor a Cristo. Geralmente,
o judeu que se convertia ao cristianismo era deserdado
pela família e expulso de casa. Paulo necessitou do
apoio de outros apóstolos e apóstolas, nessa ocasião e em
muitas outras. Todavia, como ele mesmo confessava, era
fortalecido no Senhor e sabia tanto a ter fartura, como a
ter fome, tanto a ter abundância como a padecer necessidade,
o que o levou a exclamar: Posso todas as coisas NAQUELE que me fortalece.(Filipenses 4.12, 13).

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