quinta-feira, 22 de setembro de 2011

Trecho extraído do capítulo 13 do livro Mensageiras da Ressurreição

Trajetória silenciosa pelo mundo

A história fragmentária da mulher, constituída,
apenas por anotações à margem da História, dada a pouca
importância em que era tida, fala de opressões sofridas
sob o peso da lei, e de grandes perseguições, em
determinados períodos da História, como na época da
Inquisição. Na maioria das vezes, isso acontecia, simplesmente,
por ser mulher. A discriminação de caráter sexista
acompanhou-a através dos tempos. Portanto, qualquer
tentativa no sentido de reconstituir sua História há de
começar e terminar com a palavra sexismo.
Através dos tempos, a evidência histórica mostra,
o preconceito masculino espargiu-se sobre a verdadeira
natureza intelectual, espiritual e até física da mulher,
chegando a transformá-la em um ser absolutamente estranho
à sua própria essência. Óbvia demonstração do
desconhecimento daquele que é considerado, pelos teólogos,
o texto clássico da igualdade ontológica e biológica
entre varão e mulher. Referimo-nos a Gênesis 1. 27: E
criou Deus o homem à sua imagem: à imagem de Deus o
criou: macho e fêmea os criou.
Por falta de conhecimento bíblico, é compreensível
que o mundo tenha visualizado a mulher como um ser
estranho e de segunda classe, principalmente, em épocas
como a Idade Média – idade das trevas, sob o prisma do
conhecimento e da cultura. No entanto, que religiosos
cristãos fizessem coro às palavras e atitudes discriminatórias
contra a mulher é surpreendente.

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