AMEAÇA DO FEMINISMO
EXTREMISTA
O que se vê são
mulheres movidas por um clamor ancestral - (tomando as dores, passadas, de suas
mães e avós) que exige vingança contra o homem - saírem de modo desenfreado em
busca de uma liberdade que se configura mais a uma represália. Nessa corrida,
passam a cometer os mesmos erros que os homens cometeram no passado contra a
família; equívocos que podem ser sintetizados como irresponsabilidade,
leviandade (ou libertinagem), omissão, escárnio, desprezo e abandono.
Por essa via, qualquer
movimento do feminismo extremista, que se apóie apenas na iniciativa humana,
desvinculado da palavra de Deus caracteriza-se por ser faccioso. Fatalmente,
incita à violência, à separação e à desunião entre os sexos – constituindo-se
numa ameaça à liberdade conquistada. Na “selva de pedra”, a serpente aparece
mimetizada em forma de uma insana liberdade ilimitada que leva à cegueira
moral. Desde o momento em que as mulheres deixam de enxergar que a nossa
liberdade termina onde começa a do próximo, a queda é iminente.
Apesar de todo o apoio
que associações das mais diversas espécies conferem às mulheres, a fim de
ajudá-las na defesa de seus direitos, e das prerrogativas que a lei civil e os
costumes lhes concedem, a maioria delas encontra-se absurdamente desorientada
e até mesmo indefesa. Assemelham-se ao pássaro que, ao deixar a gaiola, aturdido,
cai na mão de predadores. Hesitantes entre o bem e o mal, a maioria não
consegue discernir exatamente os limites morais. Isso fica patente ao observar
o caos social que se avizinha, indicando nitidamente que não existe uma noção
do que significa ser livre, e de que tomar as rédeas da própria vida significa
arcar com as consequências dos próprios atos, caso contrário, mergulha-se num
universo caótico.
Não é possível
atropelar os ditames da consciência ética e moral, esquecendo os mandamentos
cristãos de amor a Deus, acima de tudo, e ao próximo como a si mesmo. Amor que
se expressa através da consideração para com todas as pessoas e cuidados para
com os da própria família – até mesmo para com o marido...
Livre-nos Deus dos
movimentos gerados por ideias extremistas, sejam provenientes do Oriente, como
as de característica patriarcal que escravizam as mulheres, sejam as do
feminismo exacerbado e mal-interpretado causador da desestruturação social.
Aliás, já disseram alhures: A virtude está no meio quando os extremos são
perniciosos.
No caso do feminismo
extremista, a mulher saiu de sob o domínio de um sistema despótico em direção a
uma terra sem lei. Isso não estava no programa. As normas de caráter
humanitário, obviamente, não foram abolidas. Invalidadas foram apenas as leis
de cunho patriarcal contrárias às mulheres. O respeito à vida não foi anulado,
a não ser pelos ímpios. Há casos de mães matando filhos recém-nascidos como
quem mata baratas. Simplesmente, jogam os bebês no lixo, em vaso sanitário de
avião e em shoppings, demonstração de perversidade inominável e desorientação
não apenas nas classes menos favorecidas. São verdadeiras manchas no cenário de
respeito e proteção à infância em que se insere o país e o mundo ocidental, e
motivo de tristeza para a comunidade cristã.
Observa-se, mesmo
entre as mulheres que possuem bom nível cultural e intelectual que, no plano
espiritual, elas não sabem discernir entre a sua mão direita e a sua mão
esquerda, tal qual os ninivitas do tempo de Jonas. (Jonas 4.11). Por
conseguinte, são incapazes de entender o que significa amar o semelhante como a
si mesmas, visto que só entendem a linguagem dos sentidos. Elas movem-se no
universo sexual e da competição, tanto no trabalho como na vida pessoal, a qual
se desenvolve à semelhança de uma maratona. O que importa é ir em frente, na
busca desenfreada de prazeres e de um sucesso duvidoso, atropelando todos os
que estão no caminho – quer sejam pais, filhos, marido, irmãs ou amigas.
Imagino Jesus, diante
desse espetáculo, sentindo grande compaixão da multidão desnorteada, como no
passado, porque andavam desgarrados e errantes, como ovelhas que não têm
pastor. (Mateus 9.36). A liberdade, para grande número de
mulheres adeptas do feminismo exacerbado, mais se parece a um objeto perigoso
em mãos inábeis, como um carro nas mãos de um cego.
Refiro-me,
especialmente, à liberdade usada para prática do sexo promíscuo, tão comum nos
dias de hoje, com a consequente perda de valores familiares, sem os quais a
sociedade perece. São casamentos abertos, onde cada um dos cônjuges pode ter
aventuras extraconjugais sem maiores responsabilidades. Adolescentes que “ficam”
com namorados sem compromisso algum, mantendo relacionamentos sexuais
inconsequentes. Com isso, o número de mães solteiras cresce - muitas grávidas
nem sequer sabem quem é o pai do filho que esperam - e o número de crianças
abandonadas aumenta a cada dia; assim como o de doenças sexualmente
transmissíveis.
Há também casos de
mães que não fazem jus ao nome – símbolo de amor e ternura – e costumam submeter
os filhos a torturas psicológicas e físicas de maneira sistemática a ponto de
lhes desestruturar a personalidade em formação. Realidade inacreditável,
diante da qual queremos acordar pensando tratar-se de um pesadelo.
Donas de casa,
dominadas pelas hostes espirituais da maldade (Efésios 6.12) como fantoches,
teleguiadas por essa casta de demônios, são levadas a proceder como verdadeiras
carcereiras dentro do lar. Quando se casam, em vez de promessas de amor,
prometem a si mesmas agir de maneira cruel para com o cônjuge. Ameaçadoras,
exclamam: “Para mim tudo, para ele nada!” Conceito muito em voga entre as jovens
do mundo de hoje. Palavras que são fruto de um feminismo rancoroso e quixotesco,
uma vez que gozam, atualmente, de plena liberdade de ir e vir e de decidir
sobre seus próprios atos e destinos. Atitudes que refletem o mau uso da liberdade
e uma demonstração de irracionalidade.
O sociólogo alemão,
Alexander Schüller, ao observar os índices alarmantes de violência
contabilizados na sociedade, exclama: “Há, em toda parte, uma maldade
inexplicável.” A observação do sociólogo vem simplesmente enfatizar o que
salta aos olhos de todos, diariamente, por meio dos noticiários da mídia e
pela experiência pessoal de cada um de nós. Contudo, essa maldade a que se
refere Schüller, presente em todos os setores da sociedade – é bom que se
destaque – tem mulheres e, também, homens como seus agentes disseminadores.
Assim como existem feministas exacerbadas, há machistas tão irracionais quanto
elas.
Outra observação
importante, uma verdadeira questão de justiça nos lembra que, se há uma parcela
da população feminina fazendo mau uso da liberdade, devido ao seu novo status
social, existe a grande maioria das mulheres que está obtendo grandes vitórias
ao participar ativamente da vida social e política das nações. Essa legião de
mulheres vitoriosas está conseguindo desempenhar-se galhardamente de seus
compromissos profissionais, ao mesmo tempo em que se desvela na administração
do lar e na criação dos filhos.
Quanto à missão da
mulher cristã, na sociedade, reconhecemos que lhe compete desempenhar relevante
papel na cura da enfermidade social ao fazer uso da liberdade adquirida em
Cristo. Certamente, para essa finalidade foi que Jesus a libertou da situação
de subserviência em que vivia no contexto social e, obviamente, não para
colaborar com o caos social. (CONTINUA).