sexta-feira, 7 de novembro de 2014


                                    A Soberba Humana e o Aborto


Fico pasma ao ouvir algumas mulheres afirmarem que são donas do próprio corpo. Tais palavras, geralmente, saem da boca de defensoras do direito de abortar gravidez indesejada. Estão muito seguras de poder fazer o que bem entendem. Não observam sequer se voltarão vivas de um procedimento "médico" dessa espécie, principalmente se for realizado em clínica clandestina. E, se voltar viva, quem dará conta da vida que foi ceifada em seu próprio ventre? Da criança que foi impedida de vir à luz?
Além disso, independente de uma situação desse tipo, ninguém sabe sequer quanto tempo vai viver. Todos ignoram qual será o dia em que o próprio corpo - do qual se diz dona - baixará à sepultura para se transformar em pó. Quem sabe o que acontecerá no dia de amanhã? Então, que espécie de poder é esse que, orgulhosamente, proclamam ter sobre o próprio corpo?
Note-se que até mesmo para saber o dia em que nascemos necessitamos da confirmação de outras pessoas, dos próprios pais ou de terceiros. Então, nem mesmo da nossa identidade podemos ter certeza. Certeza absoluta só por exame de DNA. Muita gente ignora que é filho de pais adotivos. Não quero dizer com isso que os pais não sejam confiáveis. Mas, há exceções, como sabemos.
O filósofo Baruch Spinoza classifica esse tipo de conhecimento, obtido pelo "ouvir dizer", como é o caso dos fatos relacionados ao próprio nascimento, entre os chamados Conhecimentos de Primeiro Grau. Em linguagem popular, é como ouvir o galo cantar sem saber aonde.
Verdade mesmo só se adquire pela Palavra de Deus e na Palavra de Deus. Eis que Jesus Cristo disse: "Eu sou o caminho, e a verdade e a vida." (João 14.6).
E mais: "Conhecereis a verdade e a verdade vos libertará." (João 8. 32).
 Ah! se todas soubessem o valor que uma vida tem pra Deus! Pois que somos criados à Sua imagem e semelhança, realmente, pensariam muito antes de tomar a decisão de interromper a gravidez, e abandonariam essa ideia de origem maligna.
ORGULHO E IGNORÂNCIA:
Realmente, dizer que é dona do próprio corpo, demonstra soberba descabida, orgulho tolo e ignorância a respeito do que realmente somos, ou melhor, do que é a natureza humana. Simplesmente pó, ao qual voltaremos após a jornada terrena, e desconhecer que o nosso sustento vital vem de Deus, do sopro divino. E que somente Deus sabe o tempo em que deverá retirá-lo. Não somos donos de nada, - nem dos bens materiais, porque tudo pertence a Deus e apenas os tomamos por empréstimo - muito menos da vida.
Demonstra, principalmente, incapacidade de reconhecer o poder soberano de Deus Criador de todas as coisas. Demonstra, também, falta de temor a Deus - que significa o não curvar-se diante da soberania divina, e não reconhecer a pequenez e insignificância humanas. Não somos donos de nada, repito. Nem sabemos de nada do que concerne à vida - porquanto é dom divino. Portanto, não temos o direito de tocar nela, como no caso do aborto, e impedir uma criança de vir ao mundo.
Segundo dados estatísticos, centenas de mulheres morrem todo ano no Brasil ao recorrerem a clínicas clandestinas ou a pessoas inabilitadas para realizarem aborto. Tragédia nacional, sem dúvida, mas nessas estatísticas são esquecidos os fetos mortos, ou seja, as centenas de crianças que deixaram de nascer, que foram abatidas como um animalzinho qualquer.
Lutar pela descriminalização do aborto, no país, não parece ser a solução ideal, numa época em que a prevenção da gravidez dispõe de tantos métodos. O governo talvez lucrasse mais cuidando da prevenção do que vindo a pagar pelos abortos que seriam realizados pelo SUS, e viesse a distribuir anticoncepcionais de maneira efetiva. E não seria condenado por legalizar o crime de impedir o nascimento de crianças num país em que a população está envelhecendo, mas o número de nascimentos diminuindo.




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