quinta-feira, 15 de maio de 2014

Trecho extraído do livro Mensageiras da Ressurreição



                        LIBERTAÇÃO  DA MULHER POR CRISTO JESUS

Jesus Cristo não só esboçou como deu início ao processo libertário da mulher o qual, concretizando-se paulatinamente, chegou aos nossos dias. Indubitavelmente, suas origens remontam ao coração do nosso Salvador, pois ali foi planejado e determinado.

Tendo em vista que a idéia de libertação permeia todo o grandioso quadro da Salvação, observamos que a libertação do gênero feminino culmina no domingo de Páscoa, no comissionamento dado pelo Ressuscitado às mulheres: Ide dizer a meus irmãos que vão à Galiléia, e lá me verão (Mateus 28.10b), - ordenança de caráter perpétuo e universal. Em linha ascendente, do plano humano e social, ao espiritual, a emancipação espiritual da mulher se concretiza. Como melodia celeste, a saudação de Jesus, ressurreto, dizendo às mulheres: "Eu vos saúdo!" (v. 28. 9) ecoa perenemente em nosso coração.


O fato de o Salvador ter trabalhado a questão feminina com tanto empenho – ainda que a maioria das pessoas, mesmo cristãs, há séculos, permaneçam indiferentes, confusas e até mesmo cegas diante disso – motivou-me a escrever este livro, certamente inspirado por Deus. Inspiração que surgiu num dia em que, relendo o texto de Mateus 28, o qual trata da ressurreição de Cristo, tive um insight, ao ouvir a saudação de Jesus às mulheres que O procuravam no sepulcro.

A essência de tudo o que vim a ler, posteriormente, na bibliografia de autores cristãos, serviu apenas para confirmar o que já havia intuído na leitura feita naquele dia, em maio de 2002. A alegria, na ocasião daquela releitura de Mateus, foi tamanha que resolvi, de imediato, escrever um artigo com o mesmo título desta obra, levado à publicação na seção De Mulher para Mulher que, na época, assinava para a revista Graça, publicada pela Graça Editorial. Mais tarde, resolvi transformar o tema em livro.

Creio que, se as mulheres soubessem, no que tange à sua emancipação, o que devem a Jesus Cristo, certamente, escolheriam não apenas um momento para dar-Lhe graças, mas, dedicariam todos os dias de sua vida para agradecer-Lhe por essa bênção sem par. A graça redentora de Deus, ao nos dar a vida eterna concedeu-nos, também, aqui na terra, o direito de desfrutar de uma vida saudável de liberdade e paz. Iconoclasta, Jesus Cristo afrontou todas as leis e todos os costumes que oprimiam as mulheres a fim de libertá-las. Disputando com os fariseus, levava-os ao desespero ao colocar-Se sempre a favor dos direitos da mulher, fosse para livrá-la das garras da lei, em sentenças de morte, ou do pesado jugo constituído pelos costumes judaicos e pelo legalismo dos fariseus.

No mundo, muitas facções reivindicam a autoria da vitória pela emancipação social da mulher, sem se reportarem ao verdadeiro Autor dessa tremenda revolução social. Talvez, nem sequer O conheçam e, por isso, ignoram a Fonte donde emanou esse benefício para todo o gênero feminino - Jesus Cristo, o Libertador.

A mulher foi tirada da marginalização social em que permaneceu durante tanto tempo, maltratada, amordaçada e violada em seus mais comezinhos direitos individuais e sociais. Tratada como um ser inferior e juridicamente incapaz por uma legislação caracteristicamente androcêntrica sob a qual era, apenas, uma sombra do homem - o negativo da fotografia. Pior ainda, vista como amaldiçoada descendente de Eva, tratada injustamente como protagonista da Queda. Culpada sim, reconheçamos, mas em menor grau que o homem, pois, ele é o responsável; ela a co-responsável.

Todavia, não foi sob tal perspectiva que a mulher percorreu todos os séculos, vergada sob o peso de uma culpa imperdoável perante os olhos da sociedade, e de algumas religiões. Era como se Adão não possuísse, tanto quanto Eva, poder soberano de decisão e escolha entre o bem e o mal, com o agravante de que foi a ele, e não a ela, que Deus ordenara não tocar na árvore da ciência do bem e do mal (Gênesis 2.17). A carga maior de culpa, que deveria ter pesado sobre os ombros dele, tem sido carregada por ela.

Hoje, porém, as coisas começam a mudar. Tanto na igreja como na sociedade há um clamor por justiça, no sentido de devolver à mulher o direito à liberdade que lhe foi sonegado no decorrer dos séculos - vitória concedida por Cristo a todo o gênero feminino.

Neste livro, pretendo dar destaque às passagens dos textos bíblicos que relatam a atuação da mulher nos tempos de Jesus e da igreja primitiva, lançando mão, também, de trechos do Antigo Testamento concernentes ao assunto. Para essa finalidade busquei apoio na exegese de renomados autores cristãos. Serão incluídas, ainda, no final de alguns capítulos, frases de autoria de filósofos, intelectuais famosos, religiosos, cientistas e médicos numa mostra da idéia que, no passado, tinham acerca da mulher. A reunião de frases será englobada sob o título de Memorial da Discriminação. Pelo título presume-se que seus conceitos não eram nada favoráveis ao gênero feminino. Como se verá, disseram coisas cruéis, estapafúrdias e, até mesmo, hilariantes; a maioria, inacreditável. Pareciam falar de um ser de outro planeta. Diante de tanta sandice, chega-se a uma pergunta elementar: será que eles não tiveram mãe?


2 comentários:

  1. A palavra é poderosa, ein!
    Dá muito o que pensar. Concordo.

    E sua dose de humor ao final...Demais!

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    1. Obrigada, Lela pelas tuas observações. Fique com Deus. Paz.

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