sexta-feira, 10 de setembro de 2010

Atire a primeira pedra, quem não tiver pecado...

Setembro de 2010 - Uma mulher iraniana é condenada à morte por apedrejamento, acusada de adultério. Na execução dessa pena, a pessoa é enterrada até a cintura e entregue à sanha da multidão ensandecida para apedrejá-la até que exale seu último suspiro.
Repararam bem na data? - 2010 dC. Não é engano, não! Está acontecendo hoje, no Irã,país localizado no Oriente Médio - antiga Pérsia. A notícia é de conhecimento geral, pois, vem sendo veiculada pela mídia em todo o mundo que,estarrecido, clama pela absolvição da vítima. Desde 2006,essa mulher encontra-se na prisão e já recebeu 99 chibatadas.
Hoje, 8 de setembro, notícias dão conta de que a pena foi suspensa temporariamente - devido ao clamor mundial - para que o processo seja revisto; talvez,a mulher venha a ser enforcada e não apedrejada.
Autoridades iranianas acrescentaram à acusação de adultério mais uma culpa, a de que ela tenha planejado o assassinato do marido. O jornal inglês The Guardiam acredita que essa segunda acusação foi inventada para não tornar tão escandaloso o fato de condenarem uma mulher ao apedrejamento por adultério em pleno terceiro milênio.
Essa lei teve origem na mais remota antiguidade.Remanescente da era pré-cristã,assombrosamente, ainda está em vigor nos países não-alcançados pelo Evangelho, conforme destaco no livro Mensageiras da Ressurreição. A realidade veio confirmar o que está escrito no referido texto de que nos países cristãos as mulheres estão, há muito tempo, livres da opressão desse tipo de lei cruel e desumana,graças à ação libertária de Jesus Cristo.
Não sabemos qual será o epílogo da história dessa mulher chamada Sakineh Mohammadi Ashtiani, viúva, 43 anos e mãe de dois filhos.Porém, do caso similar narrado na Bíblia, no evangelho de João (8. 1 a11) conhecemos o final. As palavras de perdão e absolvição da mulher adúltera, pronunciadas pelo Senhor, correram mundo, atravessaram os séculos e ficaram famosas até mesmo entre os não-cristãos: Aquele que dentre vós está sem pecado seja o primeiro que atire pedra contra ela.
Esse episódio deu-se da seguinte maneira: uma multidão, arrastando uma mulher apanhada em flagrante ato de adultério, chegou à presença do Mestre para saberem se Ele confirmaria a sentença de morte.
Ao ouvirem-no pronunciar aquelas famosas palavras de absolvição a multidão foi se dispersando.Os acusadores um a um foram saindo, a começar pelos mais velhos, até que ficou somente a mulher na presença de Jesus que, então lhe perguntou: Mulher, onde estão aqueles teus acusadores? Ninguém te condenou? Como ela respondesse não, o Senhor acrescentou: Nem eu também te condeno: vai-te, e não peques mais.
Declaração Universal dos Direitos Humanos
Sem dúvida, o caso da mulher iraniana é exemplar, no sentido de confirmar a verdade que reconhece Jesus Cristo como o responsável pelo surgimento do feminismo, tese defendida no capítulo Fé e Liberdade, do Mensageiras da Ressurreição. Nesse capítulo é abordada a situação de escravização em que, até hoje, vivem as mulheres nos países não alcançados pelo cristianismo, em visível contraste com a liberdade desfrutada pelas mulheres nos países cristãos.
Ao creditar a Jesus Cristo a libertação do gênero feminino, não tomo como base somente esse emblemático primeiro ato - do perdão da mulher adúltera.
Indubitavelmente, foi revolucionário para os padrões daquela sociedade, mas,enumero outras tantas atitudes do Senhor, no sentido de tratar a mulher como um ser humano dotado de inteligência e sentimentos, tanto quanto o homem e de libertá-la.Tais temas são tratados no capítulo denominado A Revolução do Amor.E mais ainda: foi sob a bandeira do Cristianismo que germinaram e foram criadas - pela primeira vez na História da humanidade - leis favoráveis às mulheres ao ser assinada a Declaração Universal dos Direitos Humanos,nos Estados Unidos.Lei inspirada no mais explosivo texto do Novo Testamento, o qual afirma: Não há judeu nem grego;não há servo nem livre; não há macho nem fêmea; porque todos vós sois um em Cristo Jesus (Gálatas 3.28). Transpondo-o para uma linguagem mais atual, podemos lê-lo da seguinte forma: Não haverá discriminação de pessoas por motivos religiosos; não haverá discriminação de pessoas devido ao seu status social, (entre ricos e pobres); nem entre a mulher e o homem.Uma vez que ambos foram criados à imagem e semelhança de Deus, ambos possuem direitos iguais. Podemos estabelecer, também, o paralelismo entre o texto das Sagradas Escrituras que afirma: Todos vós sois um em Cristo Jesus; e o que decreta a lei áurea dos Direitos Humanos: Todos são iguais perante a lei. Verdadeiramente, este foi inspirado naquele.

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