sexta-feira, 5 de julho de 2013

Trecho extraído do capítulo 3 do livro Mensageiras da Ressurreição

                 
                      Calvino e as Instituições humanas tirânicas
 
Ao pensar em liberdade, são bem lembradas e oportunas as palavras de João Calvino, teólogo e um dos Reformadores do século 16, quando tratou da liberdade cristã, em um sentido amplo, ou seja, para toda a humanidade:

 
Cristo, o libertador, libertou a humanidade caída na escravidão do pecado e na escravidão das Instituições humanas tirânicas que usurparam a soberania de Deus. Para Calvino, a liberdade cristã se realiza dentro da humanidade restaurada como sinal da presença do reino de Cristo já, no meio de um mundo caído. (J.D.Douglas) 

Pode parecer estranho citar Calvino neste livro que pugna pela autonomia do gênero feminino, uma vez que ele não se alinha entre os defensores do feminismo. Paradoxalmente, porém, suas idéias dão grande ênfase à liberdade cristã. Nesse sentido, vale a pena encarar o paradoxo e, de posse dos seus conceitos emitidos na frase acima, olharmos para o outro lado do mundo, para o Oriente Médio e diversos países asiáticos, onde o império das leis criadas por "instituições humanas tirânicas" se mostra em plena efervescência ainda hoje. Convenhamos que, se há um universo onde a soberania de Deus foi ensombreada por leis humanas perversas e tirânicas esse universo é o das mulheres muçulmanas, chinesas e indianas só para citar alguns exemplos. Nada muda há intermináveis séculos para esses povos. Nenhuma abertura se faz na legislação que permita às mulheres respirar um pouco do ar puro da liberdade, à qual todo ser humano tem direito.
Na evidência das palavras e atitudes de Jesus Cristo, livrando do sofrimento e da opressão as mulheres que foram ao Seu encontro ou cruzaram Seu caminho, firmamos nossa certeza de que a vitória de todos os movimentos em prol da emancipação feminina, derivam daquele primeiro impulso libertador por parte Daquele que veio em nome do Senhor. Como contraprova dessa realidade podemos observar a condição de escravização em que se encontram as mulheres nos países não alcançados pelo cristianismo, até hoje, cuja pequena mostra vem a seguir. (Continua).

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